As apostas nos livros digitais est�o em alta. Grandes livrarias e editoras acreditam que os e-books ganhar�o espa�o no mercado nacional em 2012 e 2013. As proje��es mais otimistas os colocam como respons�veis por 10% do faturamento das vendas do setor em 2014. O �ndice em 2011 foi 0,025%. A esperan�a est� depositada na chegada de gigantes internacionais e na produ��o dom�stica de tablets, que poder� baratear os aparelhos.
Segundo a C�mara Brasileira do Livro (CBL), h� cerca de 10 mil t�tulos em formato digital no Pa�s. Desses, 5.235 foram lan�ados em 2011, conforme pesquisa da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas da Universidade de S�o Paulo (Fipe/USP). "A maior produ��o ocorreu no �ltimo per�odo. Ent�o, tamb�m deve haver um n�mero significativo em 2012", diz a presidente da CBL, Karine Pansa, que n�o arrisca proje��es. A receita com vendas de e-books foi de R$ 868 mil.
A ideia de oferecer aparelhos de leitura para impulsionar a venda de conte�do deu certo com a Amazon, nos Estados Unidos. Desde que o Kindle, e-reader da empresa, foi lan�ado, em 2007, os e-books v�m ganhando mercado. Em 2011, tinham 15%, ante 6% em 2010, conforme a Association of American Publishers.
Agora, a Amazon pretende entrar no Brasil. O in�cio das opera��es est� previsto para o �ltimo trimestre deste ano, mas j� existem negocia��es com empresas locais, como as distribuidoras de e-books Xeriph, que re�ne cerca de 200 editoras, e DLD, formada por sete. Comenta-se, por�m, que h� dificuldades para fechar acordos com a multinacional, que se recusaria a aceitar peculiaridades do mercado nacional, como a divis�o de receitas. A companhia foi procurada pela reportagem, mas n�o se pronunciou.
Otimismo � parte, o e-book ainda n�o decolou no Pa�s, nem deve amea�ar o livro em papel no m�dio prazo. Em 2011, as vendas no formato f�sico subiram 7,2%, em rela��o a 2010. Os 469 milh�es de exemplares comercializados geraram faturamento de R$ 4,83 bilh�es. O pre�o de alguns e-books tamb�m n�o anima. Segundo Proc�pio, da CBL, falta pol�tica de precifica��o no Pa�s. "Tem livraria que cobra o mesmo pre�o do impresso. Outras, 50%, 70%." Nos EUA, a vers�o digital custa de 30% a 40% menos.