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Estado de Minas

Mais etanol na gasolina em 2013

Mistura de �lcool anidro no combust�vel deve voltar ao percentual de 25% s� a partir de abril do ano que vem


postado em 14/08/2012 06:00 / atualizado em 14/08/2012 07:27

Setores da cadeia de combust�veis sinalizam que o percentual de etanol misturado � gasolina deve aumentar cinco pontos percentuais a partir de abril do ano que vem, como refor�ado ontem pelo presidente da Petrobras Biocombust�veis, Miguel Rosseto. O executivo acredita que em 2013 ser� poss�vel chegar a uma mistura de 25% de �lcool anidro na gasolina, j� que a pr�xima safra de cana-de-a��car deve ser bem melhor que a de 2012, que foi prejudicada pelas chuvas. Atualmente o percentual de mistura � de 20%.

A medida, defendida pela presidente da Petrobras, Gra�a Foster, na semana passada permite aliviar o volume de gasolina importada pela estatal, o que, por consequ�ncia, reduz as perdas de caixa. No entanto, o governo federal precisa publicar resolu��o que confirme a inten��o ainda nesse semestre para que os usineiros possam se planejar para a maior produ��o de etanol anidro. A proposta est� em discuss�o entre representantes do setor e do governo federal e, assim que aprovada, pode trazer um conjunto de a��es que garantam maior competitividade ao setor. Entre elas, maior clareza quanto ao formato da matriz energ�tica.

O setor sucroalcooleeiro reivindica incentivos para melhorar o plantio de cana-de-a��car desde o ano passado e a��es que mostrem com clareza as regras do planejamento da matriz energ�tica. Com o foco voltado aos combust�veis f�sseis, boa parte dos canaviais n�o foram renovados, o que, associado aos problemas clim�ticos registrados nos �ltimos tr�s anos, fez com que a produtividade da lavoura ca�sse aproximadamente 20% este ano, retomando ao patamar de 2008.

Para mudar esse cen�rio, representantes do setor cobram medidas de incentivo � produ��o que garantam novo ciclo de investimentos na cadeia de combust�veis renov�veis. No topo da lista, os empres�rios cobram sinaliza��o clara do governo de quanto o governo deseja ter de biocombust�veis na matriz. “Apesar de ter demanda potencial crescente e sinaliza��o de aumento de consumo no exterior, o empres�rio n�o tem enxergado oportunidade de criar novas usinas. Tudo tem gerado muita incerteza aos investidores”, afirma o diretor-executivo da Uni�o da Ind�stria de Cana-de-A��car (Unica), Eduardo Le�o de Souza. Segundo ele, deveriam ser criadas entre 120 e 130 novas usinas para dobrar a produ��o de cana e atender o mercado. Mas n�o � s�. O setor insiste na desonera��o tribut�ria e na redu��o de custos para investimentos, que forcem diminui��o de pre�os de m�quinas e equipamentos, em modelos semelhantes aos que foram propostos para outros segmentos.

A expectativa dos usineiros � de que a pr�xima safra possa ser mais rent�vel que a desse ano, o que permitiria a retomada do fornecimento de etanol anidro para ser misturado � gasolina, que, desde 1º de outubro do ano passado, foi reduzido de 25% para 20%. “Sem d�vida nenhuma, ano que vem deve ser bem melhor”, afirma o presidente da Associa��o das Ind�strias Sucroenerg�ticas de Minas Gerais (Siamig), Luiz Cust�dio Cotta Martins.

Planejamento da Safra


Em conson�ncia com o discurso dos produtores, Rosseto, defendeu a necessidade de o governo federal anunciar o aumento de cinco pontos percentuais da mistura. "Quanto mais r�pido o governo sinalizar, melhor a capacidade de planejamento do setor para a pr�xima safra. Temos condi��es de atender a volta de 25% do etanol na gasolina j� no ano que vem", afirmou ele durante evento da companhia petrol�fera. O preju�zo registrado pela Petrobras no balan�o do segundo trimestre pode for�ar o governo federal a tratar com mais carinho a produ��o do etanol numa tentativa de balancear o fornecimento de combust�vel.

Na semana passada, o diretor da Ag�ncia Nacional de Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), Allan Kardec, j� tinha sinalizado com a possibilidade de retomar os valores da mistura estabelecidos antes de outubro do ano passado a partir da pr�xima safra, principalmente com a tend�ncia de queda do pre�o do a��car gra�as � maior disponibilidade do produto em pa�ses como R�ssia e �ndia.

Revenda não está se comprometendo mais com o desconto no IPI devido à burocracia para liberação de veículos(foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)
Revenda n�o est� se comprometendo mais com o desconto no IPI devido � burocracia para libera��o de ve�culos (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press)

Concession�rias cautelosas

Embora as an�lises de especialistas mostrem que a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para autom�veis favoreceu a retomada da economia com ajuste dos estoques nas montadoras, abertura de espa�o na produ��o e gera��o de emprego, o que poderia viabilizar a prorroga��o do benef�cio, o discurso positivo n�o se repete nas concession�rias. As revendas de ve�culos n�o est�o otimistas para um poss�vel prolongamento do IPI e correm contra o tempo para vender tudo o que podem, antes do dia 31, quando termina o prazo.

Al�m de for�arem a comercializa��o de seus estoques, as lojas est�o oferecendo aos clientes produtos que ainda n�o chegaram �s lojas. “Os ind�cios s�o de que os descontos v�o acabar e a procura est� aumentando”, diz o gerente da Pisa Ford, Ant�nio Longuinho. “Estamos vendendo o que temos nos estoques, mas tamb�m o que ainda chegar� para faturamento at� o dia 30 para n�o perder venda”, acrescenta.

Para carros novos, fora de estoque, o prazo de espera pedido pelas concession�rias varia de 30 a 60 dias. Na Automax, revendedora Fiat, a espera por ve�culos fora de estoque chega a 60 dias, enquanto na Pisa Ford, o prazo � de 30 dias. Na Pisa, al�m de venderem os ve�culos parados no p�tio, tamb�m s�o comercializados aqueles produzidos pela ind�stria que ainda n�o chegaram �s lojas, mas que ser�o entregues e faturados ainda este m�s. “Ele j� chega vendido e o cliente tem a seguran�a de pagar mais barato”, afirma Longuinho.

Com o prazo de 30 dias, concession�rias de importados n�o est�o vendendo mais sob o argumento dos descontos. “Os nossos carros desembarcam no Brasil no dia 20 de cada m�s, levam tempo nos processos de nacionaliza��o e no tr�mite do faturamento que vai permitir o transporte deste ve�culo para a concession�ria. Por isso, n�o estamos mais nos comprometendo com o cliente”, explica o gerente da Kia Brisa, Iran C�lio Pinheiro de Abreu.

Perdas


A Federa��o dos Distribuidores de Ve�culos Automotores (Fenabrave) informou que, em julho, a m�dia di�ria de licenciamentos de autom�veis e comerciais leves caiu 5,9% em rela��o a junho, m�s em que havia subido 35,9%. A m�dia di�ria no m�s passado ficou em 16 mil unidades, abaixo dos 17 mil de junho, mas bem acima dos 12,3 mil de janeiro a maio. Diante dos n�meros, o presidente do Sindicato dos Concession�rios e Distribuidores de Ve�culos de Minas Gerais (Sincodiv/MG), Mauro Pinto de Moraes, avalia que a renova��o do IPI seria importante para que o mercado recuperasse as perdas do ano passado. “N�o temos informa��es sobre o que vai ocorrer, mas se n�o for mantido teremos setembro e outubro muitos fracos”, considera. (Com Jorge Freitas)


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