Com produ��o e vendas de min�rio em menor escala, a MMX, mineradora do grupo EBX, de Eike Batista, apresentou preju�zo de R$ 391,6 milh�es no segundo trimestre. Em igual per�odo do ano passado, a companhia havia apresentado lucro de R$ 90,9 milh�es. Entre abril e junho, a MMX produziu 2 milh�es de toneladas de min�rio, volume 7% menor que os mesmos meses do ano passado. As vendas atingiram 1,7 milh�o de toneladas, queda de 18% na compara��o ao segundo trimestre de 2011. Frente ao primeiro trimestre de 2012, o volume de vendas apresentou recupera��o, crescendo 22%.
Segundo a companhia, as opera��es e vendas foram afetadas pelas chuvas que interferiram na atividade industrial em Minas Gerais no in�cio do ano. O pre�o do min�rio tamb�m recuou perto de 10% entre abril e junho. De acordo com o presidente da MMX, Guilherme Escalh�o, o segundo trimestre foi marcado pela normaliza��o da produ��o e pelos investimentos. “Em abril, a MMX recebeu a licen�a de instala��o e foram iniciadas as obras para a expans�o da unidade Serra Azul (em Minas) e a constru��o de uma usina de beneficiamento, que ser� capaz de produzir 29 milh�es de toneladas de min�rio de ferro por ano”, destacou o executivo. Segundo ele, Serra Azul contar� com solu��es de log�stica integrada, o que deve acelerar a competitividade da mineradora no mercado internacional.
“A empresa precisa aumentar rapidamente sua capacidade de produ��o. Os resultados n�o s�o bons, o patrim�nio foi reduzido pelo preju�zo”, avalia Pedro Galdi, analista da SLW Corretora. O especialista destaca tamb�m a desvaloriza��o dos pap�is da companhia, que ontem sofreram desvaloriza��o superior a 2,8% e, no ano, a queda acumulada no valor das a��es atinge 14%.
Os principais investimentos da MMX s�o as obras de expans�o da unidade Serra Azul iniciadas em maio e conclus�o da constru��o do Superporto Sudeste, que entrar� em opera��o em 2013. Em um segundo momento, a companhia se voltar� para o desenvolvimento de novos projetos, como Pau de Vinho (cont�gua � Serra Azul), Bom Sucesso (Centro-Oeste de Minas) e Chile.
Mundialmente a cota��o do min�rio de ferro est� em queda. O pre�o da tonelada atingiu US$ 150 ao longo do primeiro semestre, caindo para o valor atual de US$ 112 a tonelada. “O produto chegou a seu piso m�nimo. A tend�ncia agora � de recupera��o dos pre�os, que pode ser mais r�pida ou lenta dependendo da resposta da economia mundial”, aponta Galdi. O analista da Tend�ncias Consultoria Bruno Rezende, tamb�m n�o v� espa�o para mais recuos. “O valor de US$ 120 a tonelada � muito pr�ximo do custo marginal das minas chinesas. A flutua��o abaixo desse patamar diminui a capacidade de opera��o chinesa, equilibrando o mercado.”
VALE
Ontem, o diretor de Rela��es com Investidores da Vale, Roberto Castelo Branco, admitiu que o pa�s perdeu participa��o de mercado para a Austr�lia no segmento de min�rio de ferro, mas ressaltou que a entrada em opera��o do projeto Serra Sul, no Par�, vai permitir ao Brasil recuperar essa fatia de mercado perdida. Hoje, 20% das importa��es chinesas de min�rio de ferro s�o negociadas com o mercado brasileiro. A fatia da Austr�lia � de 45%. “A China cria uma reserva de mercado para o Brasil. Mesmo com a Austr�lia desenvolvendo maior n�mero de projetos as exporta��es brasileiras v�o continuar a crescer”, avalia Rezende. Segundo ele, o pa�s tem menos gargalos de infraestrutura, boa log�stica e � mais �gil na obten��o de licen�as ambientais.