O cart�o de cr�dito consignado foi o principal respons�vel pelo lucro de R$ 20 milh�es obtido pelo Banco Bonsucesso no segundo trimestre. A modalidade j� representa 20% da carteira de cr�dito da institui��o financeira, com ativos de R$ 380 milh�es. No primeiro trimestre, o Bonsucesso registrou preju�zo de R$ 10, 3 milh�es. No semestre, encerra o balan�o no azul (R$ 10, 1 milh�es). Entretanto, a varia��o permanece negativa em 17,1%, frente a abril, maio e junho de 2011, quando o banco alcan�ou lucro R$ 24,6 milh�es.
“Este ano passou a vigorar nova regra cont�bil, por isso nossos resultados s�o piores. Se formos levar em conta apenas os n�meros de 2012, podemos dizer que os n�meros s�o positivos, pois retomamos nossos padr�es hist�ricos de rentabilidade”, explica Juliana Pentagna Guimar�es, diretora de Capta��o e Rela��es Internacionais do Bonsucesso. Ela se refere � implanta��o da Resolu��o 3.533 do Conselho Monet�rio Nacional (CMN), que alterou os procedimentos cont�beis de cess�es de cr�dito.
Especializado em cr�dito consignado e middle market (opera��es em que o banco empresta dinheiro para empresas que t�m bons contratos), o Bonsucesso alcan�ou R$ 3,5 bilh�es em sua carteira de cr�dito no primeiro semestre, incluindo a carteira pr�pria e cr�ditos cedidos para fundo de investimento em direitos credit�rios (FIDCs) e outros bancos. Quanto � capta��o de recursos, a institui��o financeira fechou os seis primeiros meses do ano com R$ 4 bilh�es captados, incluindo dep�sitos a prazo, capta��es externas e cess�es de cr�dito. O patrim�nio l�quido foi de R$ 391,6 milh�es.
Para Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, ag�ncia de classifica��o de risco de cr�dito, o desempenho do Bonsucesso reflete o momento nebuloso pelo qual passa o setor banc�rio brasileira. “Os bancos, principalmente os m�dios, est�o sofrendo os reflexos do cen�rio econ�mico atual, com o spreed (diferen�a entre a taxa que o banco para captar recursos e a que ele empresta ao cliente) reduzindo, a queda de juros e inadimpl�ncia elevada”, analisa. “O ano n�o vai ser prop�cio para os bancos brasileiros”, acrescenta.
QUEDA NAS AMERICANAS A Lojas Americanas decepcionou o mercado ao apresentar lucro 13% menor para o segundo trimestre, prejudicado por maiores despesas, endividamento e mais um preju�zo da sua controlada B2W, o que fez com que as a��es da varejista se desvalorizassem em mais de 4% ontem. A empresa encerrou o segundo trimestre com lucro l�quido de R$ 37,7 milh�es, abaixo da m�dia esperada pelos analistas ( R$ 46 milh�es).
Entre janeiro e junho, a companhia viu as despesas financeiras aumentarem em 32,8% ante o primeiro semestre de 2011, em fun��o do alongamento do perfil da d�vida e da estrat�gia de investimento em curso. Ao final de junho, o endividamento total da Americanas somava R$ 5,5 bilh�es, pressionado principalmente pelos aportes que v�m sendo feitos em expans�o da rede e melhorias nas opera��es da B2W. Na primeira metade do ano, os investimentos totalizaram R$ 283,2 milh�es, com foco principalmente em expans�o, reforma de lojas, log�stica e tecnologia. (Com ag�ncias)