O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a afirmar nesta sexta-feira que a economia do Pa�s est� em recupera��o "cada vez mais n�tida" e que o desempenho da atividade deve mostrar sinais mais claros a partir deste segundo semestre. "Ultrapassamos o Cabo da Boa Esperan�a", afirmou.
De acordo com o ministro, a economia do Brasil dever� crescer a uma taxa de 4% no quarto trimestre deste ano. "O varejo teve um crescimento extraordin�rio. Cresceu 6,1% no m�s (de junho), no conceito ampliado", lembrou, acrescentando que, apesar dos bons indicadores divulgados na quinta-feira, como vendas no varejo, vendas de autom�veis e gera��o de emprego, al�m do �ndice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de hoje, o governo continuar� tomando medidas para estimular o crescimento.
Ele voltou a criticar as institui��es privadas banc�rias e pedir a redu��o das taxas de juros na concess�o de cr�dito. Mantega afirmou que cobrou de superintendentes do Banco do Brasil, com quem esteve reunido nesta manh�, o alcance de metas mais ousadas na concess�o de cr�dito, al�m de ter feito um alerta aos bancos privados. "Se eles ficarem nessa atitude, v�o comer poeira como aconteceu em 2009", disse.
Mantega disse ainda que os bancos p�blicos respondem, hoje, por 45% do cr�dito e que a inadimpl�ncia nessas institui��es vem caindo justamente pelo aumento da libera��o de financiamentos. "Parte da inadimpl�ncia que ainda existe � consequ�ncia do excesso de cr�dito de 2010 e outra parte das altas taxas de juros e spreads do ano passado inteiro", disse o ministro.
Segundo o ministro, o Banco do Brasil (BB) demonstrou que um banco p�blico pode ser "t�o bom ou melhor que um banco privado" e, junto com a Caixa, tomou a dianteira para a distribui��o de cr�dito e que est� contribuindo para o aumento de investimentos, empregos e consumo do Pa�s. O ministro disse tamb�m que o mercado de capitais est� se "reativando" e que o mercado de deb�ntures se tornou competitivo para as empresas diante de uma Selic mais baixa.