Com um saldo de apenas 279,72 mil novas habilita��es de chips de celulares e internet m�vel em julho, as operadoras de telefonia e internet m�vel registraram o pior desempenho para o m�s pelo menos nos �ltimos 12 anos. Em julho do ano passado, por exemplo, nada menos que 3 milh�es de novas linhas entraram em funcionamento.
O fraco resultado coincidiu com a decis�o da Ag�ncia Nacional de Telecomunica��es (Anatel) que proibiu as vendas de novas linhas de TIM, Claro e Oi nos Estados onde as companhias lideram o ranking de piores servi�os prestados. A suspens�o ocorreu entre os dias 23 de julho e 2 de agosto.
Para o presidente da Teleco, Eduardo Tude, o saldo reduzido n�o chegou a ser exatamente uma surpresa, porque o setor vinha apresentando um arrefecimento desde maio nos balan�os mensais divulgados pela Anatel. "O mercado j� estava em uma trajet�ria descendente nos �ltimos tr�s meses, com resultados inferiores aos crescimentos verificados no ano passado", avaliou.
Ainda assim, destacou Tude, o impacto da medida do �rg�o regulador nos �ltimos oito dias de julho ajudou a derrubar ainda mais o saldo de novas habilita��es no m�s. "Embora apenas uma operadora tenha sido suspensa em cada Estado, os consumidores preferiram adiar novas aquisi��es at� que a situa��o fosse resolvida", completou.
O presidente da empresa de consultoria acredita que a influ�ncia da proibi��o de vendas por 11 dias deva ser revertida rapidamente, ainda em agosto. "Nossa estimativa � de que a TIM, por exemplo, deixou de vender cerca de 500 mil linhas, o que � pouco no universo de 68,7 milh�es de chips da companhia", disse Tude.
Para a Teleco, a principal raz�o para a queda no saldo de novas habilita��es n�o � a redu��o das compras de novos chips, mas sim o aumento do desligamento de linhas antigas. "As empresas n�o est�o vendendo menos. Na realidade, s�o os usu�rios que est�o migrando mais de uma operadora para outra, ao inv�s acumularem v�rios chips", concluiu.
O total de linhas m�veis em funcionamento no Pa�s chegou a 256 41 milh�es em julho, de acordo com dados da Anatel. Em rela��o a junho deste ano, o crescimento no m�s foi de apenas 0,11%. Com isso, a chamada teledensidade brasileira alcan�ou a marca de 130 49 linhas m�veis para cada 100 habitantes.
O balan�o mostra ainda que, do total de linhas m�veis habilitadas no Pa�s, 53,95 milh�es s�o conex�es de internet m�vel 3G. As linhas pr�-pagas representam 81,49% do total, com 208,95 milh�es de chips habilitados, enquanto os planos p�s-pagos s�o apenas 18,51% do mercado, com 47,46 milh�es.
A Vivo continua l�der no mercado brasileiro, com 29,71% de participa��o, seguida pela TIM com 26,78%, a Claro com 24,6% e a Oi com 18,59%. A novidade do balan�o de julho foi a apari��o da primeira operadora autorizada de rede virtual - que oferece o servi�o por meio das redes de outra operadora. A Portoseguro j� conta com 2.000 linhas habilitadas.