
Os fiscais da Anvisa est�o realizando a chamada opera��o padr�o, trabalhando com 70% do efetivo, percentual que at� a semana passada era de 50%. Com a demora para libera��o da carga, h� riscos ainda de perda dos materiais que devem ser mantidos sob refrigera��o. Segundo Frederico Pace, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de Minas Gerais (SDAMG), o prazo para libera��o de produtos em Confins quadriplicou, saltando de cinco para at� 20 dias. “Outros produtos que t�m prioridade e eram liberados em 24 horas agora est�o demorando 10 dias para sair do aeroporto.” Ele explica que o quadro � grave, retendo cargas que v�o de protetor solar a equipamentos m�dicos, itens importados que dependem da libera��o sanit�ria.
O Sindlab est� orientando as empresas filiadas a enviar alertas para os planos de sa�de. “Tamb�m estamos fixando cartazes informativos nas unidades para avisar os pacientes”, informa o presidente Humberto Marques Tib�rcio. Ele diz que as empresas est�o preocupadas tamb�m quanto aos regentes para exames mais raros, como os processos ligados a atividade imunol�gica e que t�m reposi��o de estoques mais lenta.
“Todo o material que pedimos h� um m�s e meio n�o tem perspectiva de chegar”, comenta D�bora Miranda, subcoordenadora do Centro de Pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG. Apreensiva, ela explica que 80% dos kits utilizados para pesquisa cient�fica em seu departamento � importado. “J� existe atraso para obten��o de dados e suspens�o de pesquisa.” Segundo a pesquisadora, sem garantia de que os produtos v�o chegar n�o h� como iniciar os trabalhos. “O Brasil j� � conhecido por ter um aquisi��o lenta de materiais para pesquisa. A situa��o agora fica ainda pior e nos coloca em uma situa��o de desvantagem internacional. Perdemos competi��o com pesquisadores de todo o mundo”, lamenta.
Com a opera��o padr�o a importa��o da UFMG est� levando pelo menos o dobro do tempo. Temist�cles Teixeira, gerente de importa��o da Funda��o de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep), diz que o tempo de espera dobrou. Por ano, as compras externas do �rg�o somam cerca de US$ 20 milh�es, sendo o terceiro maior importador para pesquisa do pa�s. “O impacto � grande porque hoje praticamente toda as �reas da universidade, de f�sica � medicina, dependem dos importados.
Enquanto isso...
Negocia��es com o governo continuam
O comando de greve das ag�ncias reguladoras se re�ne hoje com o governo federal. Segundo Jo�o Medeiros, presidente do Sindicato Nacional dos Servidores das Ag�ncias Nacionais de Regula��o (Sinag�ncias) o principal ponto da pauta � a equaliza��o do sal�rio das ag�ncias com outras carreiras, como Banco Central e Ipea (Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada). “Os servidores das ag�ncias reguladoras recebem cerca de 25% menos.” Para Medeiros, caso haja apresenta��o de proposta compat�vel, a greve pode terminar hoje.