O setor produtivo brasileiro se comprometeu nesta ter�a-feira a participar do esfor�o brasileiro de redu��o de emiss�es de CO2 at� 2020. A Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) fechou um acordo de coopera��o t�cnica - batizado de Plano Ind�stria - com os Minist�rios do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC) e do Meio Ambiente para fechar at� 2015 um plano com as propostas que permitir�o a redu��o em 5% das emiss�es de carbono do setor at� 2020.
"A ind�stria est� engajada no desafio da mudan�a clim�tica, e esse cen�rio deve ter como pano de fundo a manuten��o da competitividade do setor e atendimento das necessidades b�sicas da popula��o", destacou o presidente da CNI, Robson Andrade.
"N�s estamos vivendo uma profunda mudan�a. � a primeira vez que governo e setor produtivo acordam entre si uma meta volunt�ria", afirmou o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. "� uma mudan�a de padr�o, de paradigma, um novo modelo da �rea ambiental". Pimentel lembrou que este processo j� est� em marcha e destacou que o novo regime automotivo, cuja regulamenta��o est� sendo finalizada, tem metas de efici�ncia energ�tica e de emiss�o de gases de efeito estufa.
O plano prev� inicialmente a redu��o das emiss�es para sete setores da ind�stria: alum�nio, cimento, papel e celulose, qu�mico, cal, vidro e ferro-gusa (a�o). Segundo a diretora de Rela��es Institucionais da CNI, M�nica Messenberg, estes setores foram escolhidos porque s�o os que mais colaboram de forma negativa na emiss�o de gases. Ela disse que outros setores ser�o inclu�dos no futuro. Os de energia e siderurgia desenvolver�o os pr�prios planos. Tamb�m est� em elabora��o o de minera��o.
Andrade disse que o plano deve considerar as peculiaridades de cada segmento do setor produtivo. Al�m disso, afirmou que eventuais custos impostos � ind�stria pela legisla��o que regulamenta a redu��o das emiss�es n�o devem onerar a produ��o nacional, o que poderia inviabilizar a exporta��o de produtos brasileiros e facilitar a expans�o das importa��es. "A ind�stria est� engajada nesse combate, que precisa ter como pano de fundo a manuten��o da competitividade do setor", disse.
A ministra de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ressaltou ser fundamental que quest�es ambientais n�o sejam um entrave ao crescimento do pa�s. "Queremos criar condi��es para um bom resultado em termos clim�ticos e tamb�m para gera��o de emprego e competitividade", disse. Ela lembrou que j� foi constitu�do o Fundo Clima, administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mica e Social (BNDES), que vem do lucro de petr�leo, para apoiar as empresas a se adequarem a nova realidade. Ela disse que o Fundo tem R$ 560 milh�es, com juros "bem favor�veis", e deve chegar a R$ 1 bilh�o em 2014.