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Estado de Minas

TAM e Gol devem aumentar pre�o das passagens

Presidentes das a�reas admitem que preju�zos acumulados v�o chegar �s tarifas. Alta vai "at� onde o mercado absorver"


postado em 22/08/2012 06:00 / atualizado em 22/08/2012 07:18

Jato da Gol decola em Confins: empresa perdeu R$ 715 mi de abril a junho(foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS - 2/1/11)
Jato da Gol decola em Confins: empresa perdeu R$ 715 mi de abril a junho (foto: BETO NOVAES/EM/D.A PRESS - 2/1/11)
As duas maiores companhias a�reas do pa�s, TAM e Gol, j� admitem repassar �s suas passagens os aumentos com querosene de avia��o e outros custos, afetados pela alta do d�lar. Depois de amargarem pesados preju�zos no �ltimo trimestre, as donas de 75% do mercado dom�stico afirmaram ontem que a continuidade do atual quadro adverso tornar� inevit�vel os reajustes dos bilhetes.

"N�o h� proje��o para aumento no valor das passagens a curto prazo, mas caso a situa��o do c�mbio e do aumento do combust�vel permane�a, a alta no valor das tarifas � quest�o de tempo", afirmou Paulo S�rgio Kakinoff, presidente da Gol. Afirma��o semelhante foi feita por Marco Antonio Bologna, presidente da TAM. O executivo s� fez a ressalva de que a eventual "recupera��o tarif�ria" ter� como limite o bolso dos consumidores. "O aumento vai at� onde o mercado pode absorver", ressaltou.

Segundo Kakinoff, a companhia a�rea espera um resultado financeiro melhor no segundo semestre. Apesar disso, o desempenho ainda ser� insuficiente para a segunda maior companhia do setor no pa�s voltar ao azul. A Gol encerrou o segundo trimestre com preju�zo l�quido de R$ 715,1 milh�es. "Como n�o h� nenhuma proje��o, neste semestre, de valoriza��o do real ou de redu��o significativa no valor do querosene, n�o podemos falar ainda em retorno da lucratividade", resumiu.

O presidente explica que as perdas de abril a junho foram consequ�ncia "da situa��o mais adversa" enfrentada em toda a hist�ria da empresa. Entre os fatores combinados que, segundo ele, levaram ao resultado negativo, est�o o aumento no valor do combust�vel, a valoriza��o do d�lar frente ao real e a queda na demanda por voos, dentro de uma tend�ncia mundial. Os ajustes feitos pela Gol, com redu��o do n�mero de voos e demiss�o de parte dos funcion�rios, v�o, a seu ver, ajudar na sua recupera��o.

Bologna faz avalia��o semelhante, ressaltando que o setor sofreu "relevante choque de custos". Ele tamb�m n�o fixou prazo para o prov�vel aumento dos pre�os das tarifas, mas adiantou que "dificilmente esses custos ser�o reduzidos".

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As cinco maiores companhias a�reas do Brasil formaram uma alian�a hist�rica para pressionar o governo a reduzir os custos diretos e indiretos sobre o setor, alertando para riscos ao crescimento dos seus neg�cios e at� mesmo de desaparecimento de marcas nacionais. Assustados com conjunturas dom�stica e internacional adversas, TAM, Gol, Azul, Trip e Avianca lan�aram ontem a Associa��o Brasileira das Empresas A�reas (Abear), da qual s�o as s�cias fundadoras. O primeiro item da pauta da entidade � conter os reflexos negativos da escalada nos pre�os do querosene de avia��o e do avan�o recente das despesas atreladas ao d�lar.

"Perdemos R$ 1,6 bilh�o em apenas tr�s meses (segundo trimestre). Precisamos defender j� o setor para n�o repetir hist�rias tristes do passado", confidenciou um executivo da avia��o civil brasileira no evento de lan�amento da Abear. Ele se referia aos preju�zos acumulados de abril a junho pelas l�deres do mercado nacional, TAM (R$ 928 milh�es) e Gol (R$ 715 milh�es). Mesmo apresentando nos �ltimos anos a maior taxa de crescimento no mundo, o setor no pa�s n�o conseguiu escapar de suas fragilidades estruturais concentradas no chamado custo Brasil, como c�mbio e carga tribut�ria.

Nos bastidores, empres�rios do setor lembram que durante o chamado choque do petr�leo, nos anos 1970, as companhias a�reas e o governo foram levados a apostar na regionaliza��o do tr�fego. N�o por acaso, uma das atuais investidas preparadas pelo Planalto para aprimorar a infraestrutura log�stica do pa�s � justamente estimular a constru��o e a reforma de terminais no interior do pa�s. As perdas geradas com as viagens de longa dist�ncia em raz�o da demanda maior com combust�veis j� levaram TAM e Gol, donas de 75% do mercado dom�stico, a reduzir seus voos para o Nordeste e exterior, tend�ncia que dever� crescer nos pr�ximos meses.

Eduardo Sanovicz, presidente da rec�m-criada Abear, aponta para a necessidade urgente de investimento na amplia��o e moderniza��o dos aeroportos brasileiros e de redu��o do peso dos tributos sobre a atividade das associadas, sobretudo do estadual Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS). "O n�mero de passagens a�reas vendidas no pa�s supera desde o ano passado o n�mero de passagens de �nibus. A avia��o civil precisa ent�o ser vista como parte de um projeto de desenvolvimento nacional", discursou. (SR)


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