A demanda global da ind�stria de transforma��o voltou a subir em agosto puxada pelo mercado interno, revela sondagem da Funda��o Get�lio Vargas (FGV) divulgada nesta sexta-feira. Ap�s dois meses de queda, o Indicador de N�vel de Demanda Global pulou de 101,7 pontos em julho para 103,5 pontos em agosto. Apesar da alta, o resultado ficou longe da m�dia dos �ltimos 60 meses deste indicador, de 107,6 pontos.
A parcela de empresas que veem a demanda global (interna mais externa) forte subiu de 12,9% em julho para 15,9% em agosto, segundo a Sondagem Conjuntural da Ind�stria de Transforma��o divulgada hoje. O indicador foi puxado pelo n�vel de demanda interna, que ficou em 107,3 pontos neste m�s, ante 104,6 pontos em julho, atingindo o maior patamar desde julho do ano passado, quando indicava 110,9 pontos.
De acordo com o coordenador de Sondagens Conjunturais da FGV, Alo�sio Campelo, houve melhoras na percep��o da demanda interna por parte de todos os setores da ind�stria. O destaque foi para bens dur�veis que, ao subir de 122,8 pontos em julho para 141,3 pontos em agosto, chegou ao melhor n�vel desde agosto de 2009 (146,9 pontos).
O porcentual de empresas que consideram a demanda interna forte subiu para 18,6% neste m�s, ante 14,5% em julho. No caso do segmento de materiais de transportes, por conta principalmente da ind�stria automotiva, o indicador que mede o n�vel de demanda interna saltou de 109,4 pontos em julho para 136,3 pontos no m�s seguinte - o melhor resultado desde outubro de 2009 (143,2 pontos).
O mesmo desempenho, no entanto, n�o � verificado na percep��o dos empres�rios em rela��o � demanda externa. "Demanda interna e externa est�o caminhando para lados opostos", afirmou Campelo, durante entrevista coletiva realizada na capital paulista. O n�vel de demanda pelos produtos exportados pela ind�stria de transforma��o brasileira caiu de 93,8 pontos em julho para 89,4 pontos em agosto. Apenas 3,7% das 1.259 empresas consultadas pela FGV relataram demanda externa forte, contra 10,2% que afirmaram o mesmo no m�s passado.
Estoques
A Sondagem Conjuntural da Ind�stria de Transforma��o mostra ainda que a caiu a diferen�a entre a parcela de empresas que se acham superestocadas e aquelas com estoques insuficientes. O indicador de n�vel de estoques recuou de 104,4 pontos em julho para 103,9 pontos em agosto, com 6,4% dos empres�rios que afirmaram estar com estoques acima dos patamares normais.
De acordo com Campelo, apenas os segmentos t�xtil e de vestu�rio e cal�ados se encontram superestocados. No caso da ind�stria t�xtil, 16,5% das empresas se encontram com n�veis de estoque acima do desej�vel. Entre as empresas de vestu�rio e cal�ados, 10,3% se veem na mesma situa��o. "Do ponto de vista da ind�stria como um todo, os resultados de estoques n�o s�o preocupantes", afirmou.