Os indicadores positivos que demonstram que a economia brasileira est� em recupera��o ainda n�o influenciaram a confian�a do setor de servi�os. Os empres�rios do setor t�m, atualmente, uma percep��o de mercado semelhante � de meados de 2009, quando a economia sa�a de uma condi��o dif�cil, com crescimento moderado. Os coment�rios foram feitos pelo economista Silvio Sales, do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (FGV).
"A sondagem de servi�os sinaliza um quadro de atividade muito moderada. Considerando que j� temos dois ter�os do trimestre apurado, interpretamos que o quadro de crescimento moderado tamb�m se projeta no terceiro trimestre", afirmou Sales, acrescentando que a melhora � esperada para o quarto trimestre do ano.
Em agosto, a vari�vel que mais prejudicou a confian�a do empresariado do setor de servi�os foi a demanda. O �ndice de demanda atual caiu 2,9% na passagem do m�s, na s�rie com ajuste sazonal, chegando aos 131,2 pontos, o menor n�vel desde os 129,7 pontos de junho de 2009. No quesito sobre a situa��o atual dos neg�cios, houve recuo menor, de 1,5%.
A confian�a caiu em quatro dos sete segmentos pesquisados pela FGV, com destaque para servi�os em informa��o (-3,7%), servi�os de transporte (-3,0%), servi�os prestados �s empresas (-2,8%) e atividades imobili�rias (-1,8%). Em contrapartida, cresceram os indicadores de servi�os prestados �s fam�lias (2,6%), outros servi�os (1,8%) e servi�os de manuten��o e repara��o (1,5%).
"Setores que atendem � demanda empresarial est�o em queda. Por�m os que atendem na ponta mostraram crescimento. Estes �ltimos dependem da massa salarial, mas n�o s�o importantes para a gera��o de PIB (Produto Interno Bruto)", disse Sales. O segmento de alimenta��o, com alta da confian�a de 7,3% de julho para agosto, � o que mais influenciou o resultado positivo dos servi�os prestados �s fam�lias em agosto.
Nos �ltimos meses, a confian�a das ind�strias est� crescente, mas a dos servi�os prestados �s empresas continua em queda, destaca o economista da FGV. "Considerando a melhora das vendas no varejo, � de se esperar que os dados de julho e agosto do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica) sobre a produ��o industrial mostrem rea��o e, com isso, a confian�a do grupo de servi�os prestados �s empresas tamb�m seja contaminada positivamente nos pr�ximos meses", projetou Sales.