A press�o sobre a Espanha para que fa�a um pedido oficial de resgate foi elevada nesta ter�a-feira ap�s a solicita��o da Catalunha de 5,023 bilh�es de euros em ajuda, em um momento no qual o pa�s empreende uma s�rie de encontros diplom�ticos com seus s�cios europeus.
O governo de Mariano Rajoy j� sinalizou que ir� socorrer a regi�o, o que deve ser feito atrav�s do fundo criado por Madri justamente esse fim. A Catalunha, uma das regi�es mais ricas da Espanha, se converte assim no primeiro governo aut�nomo a solicitar formalmente a ajuda deste fundo e dar uma cifra, depois que outras comunidades, como Val�ncia (leste) e M�rcia (sudeste), anteciparam sua inten��o de pedir ajuda ao fundo.
"Ajudaremos a Catalunha como ajudaremos o resto das comunidades aut�nomas", afirmou posteriormente Rajoy, durante uma coletiva de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Hermann Van Rompuy, em Madri. "As comunidades aut�nomas tamb�m s�o a Espanha", insistiu.
O governo conservador espanhol anunciou em 13 de julho a cria��o de um fundo de no m�ximo 18 bilh�es de euros para ajudar as regi�es, muitas delas em dificuldades por suas d�vidas e seus d�ficits, e que n�o conseguem fazer frente sozinhas a suas obriga��es financeiras.
O pedido de ajuda foi mal recebido pela Bolsa de Madri, que fechou em queda de 0,88%, com alta da taxa de risco - o pre�o pago pelo b�nus espanhol a dez anos com rela��o � Alemanha - a 514 pontos.
Os economistas preveem mais pedidos de ajuda de outras regi�es que, com importantes servi�os p�blicos como a sa�de e a educa��o a seu cargo, est�o muito debilitados desde o in�cio da crise em 2008.
A fragilidade da sa�de financeira tem afetado todo o pa�s: as cifras publicadas nesta ter�a-feira confirmaram que a recess�o espanhola foi ampliada no segundo trimestre, com um retrocesso de 0,4% do PIB.
Uma recess�o que dever� durar ao menos dois anos: o governo de Rajoy prev� uma contra��o do PIB de 1,5% em 2012 e 0,5% em 2013. Contudo, os l�deres europeus que planejam visitar Madri para discutir a situa��o financeira do pa�s t�m se mostrado otimistas.
O primeiro dos respons�veis europeus a viajar a Madri, o presidente da Uni�o Europeia (UE), Herman Van Rompuy, disse que "o governo de (Mariano) Rajoy est� lan�ando um programa de ajuste muito importante, valente e ambicioso" e "todos os Estados-membros europeus reconhecem a magnitude do esfor�o de reformas or�ament�rias e estruturais empreendido".
A afirma��o procedente da UE foi um bom sinal antes da visita a ser feita nesta quinta-feira do presidente franc�s, Fran�ois Hollande, que ser� seguida no dia 6 de setembro por uma visita da chanceler alem�, Angela Merkel.
O Banco Central Europeu (BCE) tamb�m teceu declara��es tranquilizadoras no in�cio do dia, dizendo-se estar disposto a comprar d�vida no curto prazo. Com isso, a Espanha conseguiu emitir d�vida p�blica no valor total de 3,607 bilh�es de euros a tr�s e seis meses com juros em forte baixa.
As declara��es do BCE tamb�m beneficiaram a It�lia, que conseguiu captar 3,750 bilh�es de euros com juros em forte baixa para os vencimentos de 2014 e 2019. No dia 6 de setembro, a Espanha retomar� seu programa de d�vida de longo prazo, que ser� uma prova da confian�a dos investidores na quarta economia da Eurozona. O principal foco dos mercados, no entanto, est� no m�s de outubro, quando o pa�s ter� que fazer frente ao vencimento de mais de 30 bilh�es de euros da d�vida.