A prorroga��o do IPI para materiais de constru��o at� 2013 e a inclus�o de novos itens nessa lista de produtos beneficiados foi bem recebida pelos empres�rios do setor, que acreditam na recupera��o das vendas nos pr�ximos meses. As vendas tanto na ind�stria quanto no varejo ficaram abaixo do esperado nos �ltimos meses, levando os empres�rios a diminuir suas proje��es de crescimento para 2012.
"A not�cia � boa e certamente vai ajudar a incrementar as vendas at� o fim do ano", afirmou nesta quarta-feira Walter Cover, presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Materiais de Constru��o (Abramat). "Temos perspectivas positivas. As medidas s�o importantes e d�o tranquilidade para o setor", disse Cl�udio Conz, presidente da Associa��o Nacional dos Comerciantes de Material de Constru��o (Anamaco).
Na avalia��o de Cover, a prorroga��o do IPI at� 2013 vai contribuir para o planejamento de obras e reformas de longa dura��o. "As pessoas v�o comprar materiais neste ano e no ano que vem com a garantia de que os pre�os n�o v�o subir por causa do IPI", observou.
Conz acrescentou que as medidas tamb�m devem dar mais tranquilidade para o setor planejar as obras em um momento em que h� muitos projetos em andamento e prestes a serem entregues. "Estamos em plena execu��o de obras como as do Programa Minha Casa Minha Vida. Uma retomada do IPI poderia afetar as obras que est�o em andamento", disse.
As medidas anunciadas nesta tarde pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegaram um dia ap�s reuni�o do chefe da pasta com empres�rios do setor. De acordo com o an�ncio do ministro, as isen��es fiscais com materiais de constru��o devem somar R$ 1 8 bilh�o.
Apesar de os incentivos terem sido bem recebidos pelos empres�rios, Cover lembrou que apenas uma parte das reivindica��es foi atendida. Segundo ele, a solicita��o de redu��o do IPI se referia a uma lista com cerca de 50 produtos, e apenas alguns foram inclusos.
O problema disso, segundo os empres�rios, � a falta de igualdade de condi��es de concorr�ncia entre determinados produtos. Por exemplo: as telha comuns, beneficiadas por redu��o do IPI, disputam vendas com telhas onduladas, que n�o tiveram redu��o do imposto. "Isso gera uma situa��o de falta de isonomia para competi��o", apontou Conz. "Por isso, vamos continuar lutando para que os outros produtos entrem na lista", acrescentou.