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Estado de Minas

Reflexos da queda da Selic ser�o pequenos para o consumidor

Taxa � resultado do nono corte consecutivo desde agosto de 2011, mas especialistas dizem que reflexos s� vir�o depois de seis meses


postado em 30/08/2012 07:19 / atualizado em 30/08/2012 07:24

O afrouxamento da pol�tica monet�ria, que come�ou h� um ano e chegou ontem ao nono corte consecutivo da taxa b�sica de juros, est� pr�ximo do fim. A Selic alcan�ou nova marca recorde de 7,5% ao ano – contra 12,5% em agosto do ano passado – depois de mais uma redu��o de 0,5 ponto percentual anunciada pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom).

A decis�o un�nime da autoridade monet�ria j� era amplamente esperada pelo mercado, que n�o mant�m o consenso para a pen�ltima reuni�o da equipe colegiada em 2012, marcada para 9 e 10 de outubro. Em comunicado, ao fim do encontro, a equipe colegiada deu sinais de manuten��o dos ajustes. “Se o cen�rio prospectivo vier a comportar um ajuste adicional nas condi��es monet�rias, esse movimento dever� ser conduzido com m�xima parcim�nia”, afirmou.

H�, no entanto, quem acredite que o fim do ciclo de redu��es ser� motivado pelo avan�o da infla��o, que fechou julho em 0,43% contra 0,08% no m�s anterior e acumula alta de 5,2% em 12 meses. Outros apostam que os n�veis ainda baixos de atividade econ�mica e cen�rio externo conturbado continuar�o exercendo press�o para novas quedas.

Para Miguel Ribeiro de Oliveira, conselheiro e coordenador da �rea de pesquisas da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac), espa�o para redu��o existe. “Mas o governo vai esperar alguns indicadores, tanto de atividade econ�mica quanto de pre�os, para tomar a pr�xima decis�o”, avalia. Caso a produ��o industrial n�o demonstre retomada mais consistente, abre-se espa�o para Selic inferior a 7,5% ao ano. “Ainda existe um processo recessivo. E todos os incentivos que foram dados at� agora ainda n�o mostraram resultado suficiente”, pondera o coordenador do curso de economia do Ibmec, M�rcio Salvato.

O professor de economia da FGV/IBS Ant�nio Carlos Porto garante que os cortes, a partir de agora, ser�o mais cuidadosos. “� cada vez mais dif�cil cortar e chega-se a um ponto em que n�o se consegue reduzir mais”, pondera. Para a pr�xima reuni�o, o espectro de possibilidades � amplo. Analistas de mercado ouvidos pelo Boletim Focus apostam em Selic de 7,25% em dezembro, o que significa mais um corte de 0,25 ponto percentual. Institui��es financeiras como o Ita� Unibanco s�o mais ousadas e acreditam em redu��o para 7% em 2012. Mas tamb�m h� quem n�o veja mais espa�o para altera��es.

“N�o deveria sequer haver este �ltimo corte, j� pensando em 2013, com uma proje��o de infla��o alta”, avalia o professor de economia do Insper e s�cio da Tend�ncias Consultoria Juan Jensen. O professor de finan�as da Funda��o Instituto de Administra��o (FIA) Alan Ghani reconhece que os efeitos da taxa de 7,5% ao ano s� ser�o sentidos em cerca de seis meses. “� quando ser�o realmente sentidos, diante da defasagem de seis a oito meses para aparecerem os efeitos”, pondera.

O Boletim Focus projeta �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor (IPCA) de 5,5% em 2013, bem acima do centro da meta de 4,5%. A rea��o de alguns �ndices como produ��o industrial e capacidade instalada tamb�m ajudam a reduzir as press�es para novos cortes. “Acho que pol�tica monet�ria mais expansionista j� cumpriu seu papel, mas o ciclo acabou ou acabar�, no m�ximo, em outubro”, observa Ghani.

Atrelada � Selic (quando esta for inferior a 8,5% ao ano), a poupan�a passar� a ter rentabilidade reduzida a partir de hoje. Equivalente a 70% da taxa b�sica de juros, a remunera��o de 5,60% ao ano mais Taxa Referencial (TR), o equivalente a 0,46% ao m�s, passar� para 5,25% ao ano mais TR ou 0,43% ao m�s. Antes da mudan�a das regras, a poupan�a rendia 6,17% ao ano, mais TR.

Repercuss�o Para a Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o corte da Selic � “importante para a concretiza��o de uma nova economia”. “O Brasil est� entrando em momento econ�mico jamais vivido, de taxas de juros pr�ximas das internacionais, infla��o controlada e baixa taxa de desemprego”, afirmou, em nota, o presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr.


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