Depois de acumular ganho nas �ltimas tr�s sess�es, o d�lar come�a a exibir sinais de cansa�o nesta quinta-feira em rela��o ao real. Ainda assim, a disputa acirrada entre comprados e vendidos para a forma��o da taxa de refer�ncia do Banco Central (Ptax) n�o altera a recente tend�ncia de alta da moeda norte-americana, diante da percep��o de que a autoridade monet�ria n�o deve rolar os contratos de swap tradicional que vencem na pr�xima segunda-feira. O comportamento mais comedido esperado para o preg�o dom�stico ao longo do dia espelha o verificado no exterior, com os mercados financeiros esperando o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke.
Por volta das 9h20, o contrato futuro do d�lar para setembro subia 0,07%, a R$ 2,054. No mercado de balc�o, o d�lar � vista abriu em alta e subia 0,20%, a R$ 2,053, de R$ 2,054 (+0,24%), na m�xima.
Segundo um operador da mesa de c�mbio de uma corretora paulista, a movimenta��o do mercado de c�mbio nesta reta final de m�s se assemelha � observada no fim de julho, quando o d�lar tamb�m subiu em fun��o da expectativa de que o BC n�o rolaria os contratos de swap que estavam para vencer.
De fato, no �ltimo vencimento dos contratos desse tipo, em 1º de agosto, o BC n�o renovou os US$ 695 milh�es em swap cambial, o que permitiu que a taxa de c�mbio subisse de R$ 2,02 para R$ 2,05. Vale lembrar que a �ltima vez em que a autoridade monet�ria rolou sua posi��o de swap foi no fim de junho, quando a taxa de c�mbio operou acima de R$ 2,06.
Portanto, afirma o profissional citado acima, que falou sob a condi��o de n�o ser identificado, o mercado cambial dom�stico assume um "car�ter mais t�cnico". Dessa forma, os efeitos internos e externos ficam relegados. At� porque, para um estrategista em moedas, a cota��o do d�lar em rela��o ao real j� embutia a expectativa de corte da taxa b�sica de juros em 0,50 ponto porcentual, anunciada ontem � noite pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), para 7,5% ao ano.
Na avalia��o desses profissionais, o que pode alterar a tend�ncia de alta do d�lar � o pronunciamento de Bernanke, nesta sexta-feira, no simp�sio em Jackson Hole (EUA). Por�m, os investidores come�aram a incorporar uma chance menor quanto � terceira edi��o de afrouxamento quantitativo (QE3), o que beneficia posi��es compradas na moeda norte-americana. Em contrapartida, uma nova a��o desse tipo equivaleria � impress�o de dinheiro, o que causaria a deprecia��o do d�lar ante as principais moedas rivais.
�s 9h15, em Nova York, o euro subia a US$ 1,2546, de US$ 1,2530 no fim da tarde de ontem, diante das expectativas de medidas n�o convencionais por parte do Banco Central Europeu (BCE) para sanar a crise das d�vidas soberanas na zona do euro. J� o d�lar norte-americano subia 0,13% ante o d�lar australiano e avan�ava 0,16% ante o d�lar canadense. �s 12 horas, sai o �ndice de atividade industrial na regi�o de Kansas City em agosto.