O chefe do departamento econ�mico do Banco Central, Tulio Maciel disse nesta quinta-feira que a trajet�ria de crescimento do cr�dito at� julho � consistente com a proje��o da institui��o de expans�o de 15% para 2012. Afirmou, no entanto, que � poss�vel que o crescimento verificado no ano fique um pouco acima disso. "Pode ser um pouquinho mais alto do que isso", afirmou.
Ele disse ainda que h� uma modera��o da expans�o do cr�dito, em linha com o que o BC esperava, em ambiente de redu��o de juros e dos spreads. "Naturalmente, esse ritmo de redu��o das taxas � um pouco menor agora. Pois a queda foi muito expressiva nos �ltimos meses", afirmou. "Os juros encontraram um novo piso. Tanto no cr�dito total como na pessoa f�sica."
Maciel disse, entretanto, que o movimento de redu��o de juros n�o acabou, apenas perdeu for�a, pois j� houve cinco meses seguidos de queda significativa. "O ritmo se acomodou." Ele lembrou que as taxas de juros m�dias, geral e para pessoa f�sica est�o nos menores n�veis da s�rie e j� ca�ram, respectivamente, 7,4 pontos porcentuais e 9,2 pontos porcentuais desde fevereiro.
Quanto � inadimpl�ncia do cr�dito, ele salientou que ela atingiu um patamar mais alto em janeiro e vem oscilando ao redor desse n�vel desde ent�o. Segundo dados do BC, a taxa bateu 5,7% em janeiro e chegou a 5,9% em julho, porcentual que j� foi visto em meses anteriores. "A inadimpl�ncia est� est�vel em um patamar alto", disse. "Mas � acomoda��o com perspectiva de recuo � frente. At� o fim do ano, isso deve se reverter", projetou o chefe de departamento.
Ao abrir os dados do calote da pessoa f�sica, Maciel destacou que o fator que mais tem significado em julho � o aumento de 0,1 ponto porcentual da inadimpl�ncia do cr�dito pessoal, que subiu para 5,8% no m�s passado. Mesmo assim, ele destacou que essa taxa j� chegou a quase dois d�gitos. Em maio de 2002, foi verificado o maior porcentual, de 9,2%. "Agora o patamar � elevado, mas nada de extraordin�rio", comparou. Vale enfatizar, por�m, que esse indicador est� em trajet�ria de alta cont�nua m�s a m�s desde mar�o, quando estava em 5,3%.
O chefe do BC destacou ainda o comportamento da inadimpl�ncia do setor de ve�culos, que ficou estagnada em 6% de junho para julho. J� as parcelas em atraso - vencidas de 15 a 90 dias - est�o recuando desde mar�o, conforme o BC.