A presidente da Standard & Poor's (S&P) no Brasil e na Argentina Regina Nunes, afirmou nesta quinta-feira que "ser� muito dif�cil" o Pa�s receber uma eleva��o da nota soberana em 2012 pela ag�ncia de rating internacional. "A perspectiva da nota do Brasil � est�vel e primeiro ela precisaria se tornar positiva", destacou, referindo-se � avalia��o BBB, concedida em novembro de 2011. "Ser� muito dif�cil que ocorra um upgrade em 2012."
Para Regina Nunes, alguns fatores seriam essenciais para que a nota do Pa�s fosse elevada pela S&P, como um avan�o do PIB sustent�vel num patamar acima da estimativa de 1,5% para este ano pela ag�ncia de rating. "Um crescimento de 3,5% a 4% para o Brasil j� seria muito bom", destacou. "O Pa�s pode at� crescer de 6% a 7% ao ano, n�o � imposs�vel n�o. Isso pode ocorrer caso ocorra uma melhora substancial da malha de infraestrutura nacional", avaliou.
Segundo ela, outro elemento importante para que o Brasil receba uma nota maior da S&P seria um movimento estrutural de desonera��es de impostos, sobretudo em rela��o aos investimentos. "O Pa�s est� fazendo hoje desonera��es para setores produtivos como medidas contrac�clicas, a fim de estimular o n�vel de atividade, afetado pela crise internacional", comentou. "Seria importante ver medidas nessa dire��o de uma forma permanente", disse.
Na avalia��o da presidente da S&P para o Brasil e Argentina, foi muito importante a decis�o do governo de anunciar um pacote de concess�es para rodovias e aeroportos. "Isso vai ajudar a elevar os investimentos de longo prazo em infraestrutura, elevar� a gera��o de empregos e ajudar� na qualifica��o da m�o-de-obra", apontou.