A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que o cen�rio internacional se deteriorou muito desde a �ltima reuni�o do Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social (CDES). "A crise atingiu de forma bastante profunda os Estados Unidos e de forma muito cr�nica a Uni�o Europeia. Mesmo os Brics n�o ficaram fora de seus efeitos", disse, em discurso na 39.ª reuni�o do CDES, o Conselh�o.
Dilma afirmou que o governo est� adotando uma s�rie de medidas para fazer frente � crise. "N�s n�o permitimos que nossos olhos sejam s� de curto prazo porque n�o ter�amos conseguido - como fizemos no passado, e estamos fazendo neste momento - enfrentar as caracter�sticas mais permanentes dessa crise que chegou."
A presidente disse que n�o alterou a receita adotada pelo governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "De fato, nosso modelo � de crescimento com distribui��o de renda. Partimos de uma pol�tica de transfer�ncia de renda muito bem-sucedida, herdada do presidente Lula, que se caracterizou pelo aumento do emprego e pela sa�da da mis�ria de milh�es de pessoas."
Dilma acrescentou que o seu governo est� aprofundando as pol�ticas que herdou do governo do ex-presidente Lula. Ela destacou o programa Brasil Sem Mis�ria, que ampliou o Bolsa Fam�lia e criou uma nova metodologia de localiza��o das pessoas em situa��o de mis�ria.
Segundo ela, o Brasil Sem Mis�ria tem tido um papel fundamental no enfrentamento da seca que atinge Estados do Nordeste. "Se n�o tiv�ssemos feito isso (o programa), ter�amos perdido nessa conjuntura as conquistas que levamos nove anos para construir", afirmou.
A presidente tamb�m citou o programa Brasil Carinhoso, que incide sobre a distribui��o de renda por faixa et�ria no Brasil. "Um pa�s tem que cuidar da constru��o da nacionalidade, e ela passa por crian�as e jovens. � inadmiss�vel que o Pa�s s� olhe o PIB. Ele tem que olhar o PIB, mas tamb�m o que faz com as crian�as e jovens.".
Educa��o
Dilma frisou que o governo est� apostando em uma pol�tica de curto, m�dio e longo prazos para enfrentar a crise e agregar competitividade � economia. A presidente disse ser favor�vel � aprova��o, pelo Congresso, de parte do uso dos royalties do pr�-sal para a educa��o. "Considero que seria muito oportuno que o Congresso aprovasse o uso dos royalties para garantir que esses recursos existam", afirmou. "O correto � fazer isso daqui para frente, sem mexer nas receitas anteriores do petr�leo, e fazer isso de forma bastante universal."
O coment�rio da presidente foi feito no momento em que a C�mara discute o Plano Nacional de Educa��o e cogita elevar o investimento p�blico em educa��o de 5% do PIB para 10% em dez anos. "N�s, o governo brasileiro, somos sempre a favor de investimentos na educa��o que tenham fonte de recursos. Por isso n�s concordamos com todas as pol�ticas que t�m viabilizado que o governo possa gastar mais com educa��o, desde que tenha recursos para faz�-lo. Caso contr�rio, estaremos praticando imperdo�vel demagogia com educa��o", disse.
Dilma disse achar "justo" que uma parte do fundo social seja destinado � educa��o. "N�s sabemos que a educa��o � talvez o requisito de mais f�lego, for�a e envergadura para que o Brasil avance em todos os sentidos", destacou.