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Estado de Minas

Consumidor leva facada na hora de comprar carne em BH

Pre�os de cortes de aves e su�nos disparam nos �ltimos 30 dias. Alta no mercado de Belo Horizonte chega a 25%


postado em 03/09/2012 06:46 / atualizado em 03/09/2012 09:22

"Quando o pre�o sobe, nossa op��o � fazer receitas diferentes e comprar cortes mais baratos", diz Ellen Guimar�es, com o marido, Atayde
A estiagem que devastou a colheita americana de gr�os j� est� chegando ao bolso do consumidor brasileiro. Os efeitos da seca nos Estados Unidos fizeram os pre�os dos gr�os dispararem mundo afora e o Brasil n�o escapou, apesar de estar colhendo safra nacional recorde de milho. Pratos tradicionais da culin�ria regional est�o mais caros. � o caso do lombinho, da feijoada e do frango ao molho pardo. Levantamento do site Mercado Mineiro aponta que nos �ltimos 30 dias o quilo do frango resfriado acumulou alta de 12,5% na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, enquanto o lombo encareceu 25%. A costelinha ficou em m�dia 13% mais cara, o lombinho 20,5%. Com a previs�o de menor oferta mundial de gr�os, a perspectiva � de aperto para o or�amento do consumidor.

A maior seca vista desde a d�cada de 1950 no Meio-Oeste americano provocou uma quebra na colheita de gr�os do pa�s pr�xima a 130 milh�es de toneladas, n�mero que equivale a quase uma safra brasileira, estimada em 160 milh�es de toneladas. As perspectivas ruins para o maior produtor mundial de alimentos fizeram as cota��es, principalmente da soja e do milho, base da ra��o animal, dispararem. Dados do Centro de Estudos Avan�ados em Economia Aplicada (Cepea) mostram que no acumulado do ano os pre�os pagos ao produtor brasileiro aumentaram 17% para o milho e 76% para a soja. Com o custo em alta, o consumidor deve ser criativo na cozinha e ficar atento a varia��es astron�micas.
A diferen�a de pre�os nos ingredientes da feijoada pode atingir 175%, como ocorreu com o valor do quilo da orelha de porco, que custa de R$ 1,99 at� R$ 5,49 no mercado de BH. O quilo de pazinha tamb�m varia de R$ 5,49 at� R$ 11,60, ou 111%. O mesmo vale para o quilo do pernil com osso inteiro, encontrado de R$ 7,49 at� R$ 13,90, varia��o de 85%.

Na fam�lia do servidor p�blico J�lio Tofanelli a carne su�na � a preferida. S�o cerca de sete quilos consumidos por m�s, entre lombo, pernil e costelinha. Ele diz que est� atento aos pre�os e sempre que percebe altas expressivas ele muda o modo de consumo e passa a pesquisar mais. Segundo ele, o quilo de um bom pernil pode ser encontrado em Belo Horizonte por entre R$ 9 e R$ 11, diferen�a superior a 20%. A administradora Izabel Moreira notou que recentemente nos supermercados as aves sumiram da oferta. “O frango n�o est� entrando mais nas promo��es.” Para fugir do pre�o alto de cortes nobres das carnes em geral, ela faz compras no interior do estado, onde o pre�o chega a ser 70% menor. Como efeito da alta no custo de produ��o das granjas, a pedagoga Ellen Guimar�es e o servidor p�blico Atayde Guimar�es notaram alta no pre�o do quilo do frango. “Quando o pre�o sobe, nossa op��o � fazer receitas diferentes e comprar cortes mais baratos”, afirma Ellen.

Waléria Braga e José economizam 20% quando compram no interior(foto: FOTOS: JULIANA FLISTER/ESP. EM/D.A PRESS)
Wal�ria Braga e Jos� economizam 20% quando compram no interior (foto: FOTOS: JULIANA FLISTER/ESP. EM/D.A PRESS)
Crise nas granjas
De acordo com a Uni�o Brasileira de Avicultura (Ubabef), a alta de pre�os dos insumos e escassez do cr�dito provoca uma crise no setor que j� resultou em pelo menos 5,7 mil demiss�es. Segundo levantamento da entidade, de janeiro a agosto foram registradas altas de pre�os para o produtor de aves, equivalente a 90% nos pre�os do farelo de soja, de 58% na soja em gr�o e de 44% no milho. Jo�o Bosco Martins, presidente da Associa��o dos Suinocultores de Minas Gerais (Assemg), diz que entre mar�o e agosto o pre�o pago ao produtor por quilo subiu de R$ 2,20 para
R$ 3,70, mas segundo ele, as cota��es est�o equiparados aos valores cobrados no mesmo per�odo do ano passado. “N�o h� perspectiva de queda de pre�os da soja e do milho, que subiram muito em um per�odo curto.”

Para fugir dos pre�os salgados dos alimentos, o engenheiro civil Jos� Mauro Maciel e a dona de casa Wal�ria Braga tamb�m usam a estrat�gia de fazer compras de carnes no interior do estado, onde economizam 20%. Jos� Mauro diz que as not�cias de alta do pre�o do milho e do custo da produ��o j� tem colocado os consumidores em alerta. Em sua fam�lia a alternativa n�o � reduzir o consumo, mas trocar o estabelecimento comercial, comparando mais pre�os e trocando a�ougues de costume por pontos de vendas com melhores ofertas.

Churrasco fica salgado

O churrasco tamb�m n�o escapa a disparada dos pre�os. Embora com menos intensidade que os su�nos e o frango, a carne bovina tamb�m ficou mais cara no mercado. Segundo o levantamento do Mercado Mineiro, as maiores altas medidas nos �ltimos 30 dias foram encontradas para o ch� de dentro, o fil� mignon e a fraldinha, em m�dia com alta de 4% nos �ltimos 30 dias. Em menor escala, tamb�m encareceram cortes como a maminha (2,89%), a picanha (1,38%) e o lagarto (3,28%). No mercado de Belo Horizonte, a varia��o de pre�os atinge 75,9% para a picanha e 165,8% para alcatra.


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