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Estado de Minas

Batata dobra de pre�o e puxa a alta da infla��o

Alta no pre�o do fruto perde for�a, enquanto pre�o do tub�rculo dispara depois da chuva que atingiu �reas produtoras em Minas. IPC-S atinge 0,44% na �ltima semana de agosto


postado em 04/09/2012 06:00 / atualizado em 04/09/2012 07:19

Márcio Silva, gerente do sacolão Abastecer, mais que dobrou o preço do quilo da batata em apenas uma semana: de R$ 0,99 para R$ 1,99(foto: FOTOS: CRISTINA HORTA/EM/D.A PRESS)
M�rcio Silva, gerente do sacol�o Abastecer, mais que dobrou o pre�o do quilo da batata em apenas uma semana: de R$ 0,99 para R$ 1,99 (foto: FOTOS: CRISTINA HORTA/EM/D.A PRESS)
As batatas que Josias Francisco da Silva vende no Mercado Novo acabaram rapidamente na manh� de ontem: “Est�o em falta”. No sacol�o Abastecer da Rua Silviano Brand�o, o gerente M�rcio da Silva precisou reajustar o pre�o do tub�rculo em pouco mais de 100%: “Passou de R$ 0,99 para R$ 1,99 em sete dias”. A disparada no pre�o do produto ocorreu tamb�m na Ceasa Minas, onde o quilo no atacado subiu 30% entre julho e agosto, de R$ 0,61 para R$ 0,79. A alta da batata foi um dos principais motivos da varia��o de 0,44% do �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV) e referente � �ltima semana de agosto. O indicador foi o dobro do apurado em julho (0,22%). Foi maior tamb�m do que o da terceira semana de agosto: 0,34%

No acumulado do ano, a alta � de 3,52%. Em 12 meses, o aumento � de 5,69%. “� a hora e a vez da batata”, lamentou M�rcio da Silva. O produto foi o segundo item do IPC-S com maior influ�ncia positiva na �ltima semana de agosto (14,95%). Ficou atr�s apenas do tomate (17,18%), cujo pre�o est� acima do normalmente cobrado pelo mercado desde junho. Por outro lado, o IPC-S mostrou que a alta do tomate est� perdendo for�a. Tanto que, na semana anterior � da pesquisa, a varia��o havia sido de 31,39% – quase o dobro do apurado na semana posterior (17,18%). A oscila��o da batata, por sua vez, foi de 4,40% para 14,95%.

O chefe da se��o de Informa��es de Mercado da Ceasa Minas, Ricardo Fernandes Martins, explica a causa da subida do pre�o da batata-inglesa: “O volume da oferta caiu aproximadamente 9%. O motivo foi a chuva do in�cio de junho, comprometendo parte da safra do Sul de Minas, no Tri�ngulo Mineiro e no Alto Parana�ba. Tamb�m houve perda em outros estados, como S�o Paulo. A expectativa � de que o pre�o permane�a est�vel por alguns dias e caia a partir da segunda quinzena de setembro”. Em rela��o ao tomate, o especialista avalia que o pre�o ir� cair, mas s� deve se normalizar a partir de outubro.

A alta do pre�o do tomate n�o � novidade para muitas donas de casa: problemas clim�ticos em S�o Paulo e no Rio Grande do Sul levaram boa parte da produ��o de Minas Gerais para aqueles mercados. “Muita coisa foi para S�o Paulo. O pre�o ficou alto l� e aqui. Minha irm�, por exemplo, me contou que pagou R$ 8,40 no quilo do tomate em S�o Paulo, onde mora”, contou Josias, dono de uma banca de legumes e verduras no Mercado Novo. No sacol�o que gerencia, M�rcio da Silva torce para que o pre�o do tomate volte ao normal com urg�ncia, pois o valor alto prejudica os neg�cios.

“Em Belo Horizonte, o pre�o j� est� caindo. Para se ter ideia, chegamos a vender o quilo do tomate a R$ 6,99. Hoje est� a
R$ 3,99”, compara o comerciante. A caixa de 20 quilos do fruto, atualmente, � vendida a R$ 50 na Ceasa Minas. O pre�o “normal”, calcula Ricardo Martins, � R$ 30. “J� esteve a R$ 90, em julho e no in�cio de agosto. Est� caindo. Deve cair um pouco mais em setembro, mas s� ser� normalizado a partir de outubro”, acredita.

O tomate e a batata-inglesa n�o foram os �nicos vil�es do IPC-S. O item alimentos preparados e congelados de aves tamb�m teve forte peso no indicador (7,7%). O motivo dessa alta n�o se restringe apenas ao pa�s: a seca nos Estados Unidos prejudicou a safra do milho, levando o pa�s a importar toneladas de gr�os do Brasil de outras na��es, o que elevou o pre�o da commodity. Vale lembrar que o milho � base da ra��o das aves e dos su�nos, mas entra at� na composi��o da ra��o de c�es e gatos.

Carro usado caiu menos

Seis dos oito grupos que comp�em o IPC-S apresentaram alta na compara��o entre a quarta e a terceira semana de agosto, segundo divulgou a FGV. Os principais destaques, quando analisado todo o item, ocorreram no grupo transportes (-0,34% para -0,04%) e habita��o (0,32% para 0,47%). No caso dos transportes, houve queda menor no t�pico autom�vel usado, de -2,31% na terceira semana de agosto para -0,68%, na �ltima. Em rela��o ao item habita��o, o culpado maior foi o aluguel, com crescimento de 0,27% para 0,42%.

“Tamb�m representaram acr�scimo a varia��o dos grupos vestu�rio (-0,70% para -0,57%), sa�de e cuidados pessoais (0,46% para 0,49%), alimenta��o (1,07% para 1,09%) e educa��o, leitura e recrea��o (0,47% para 0,51%). Nessas classes de despesas destacam-se os itens cal�ados (-0,02% para 0,45%), medicamentos em geral (0,13% para 0,24%), carnes bovinas (-0,20% para 0,62%) e passagem a�rea (2,89% para 4,10%)”, informa o relat�rio da Funda��o Getulio Vargas.

Mas o IPC-S tamb�m mostra quedas. Houve decr�scimo de percentual no grupo comunica��o (0,29% para 0,10%) e despesas diversas (0,24% para 0,20%). “Para cada uma dessas classes de despesa vale mencionar o comportamento dos itens pacotes de telefonia fixa e internet (cuja varia��o de pre�os decresceu de 0,64% para 0,18%) e alimento para animais dom�sticos (de -0,01% para -0,30%)”, completou o relat�rio da FGV. O pr�ximo IPC-S, referente � primeira semana de setembro, ser� divulgado no dia 10. (PHL)

Mercado eleva previs�o para o IPCA

Em expans�o desde o in�cio de julho, a infla��o se afasta cada vez mais do centro da meta de 4,5% fixada pelo governo. Cerca de 100 especialistas de mercado e institui��es financeiras ouvidos pelo Relat�rio Focus do Banco Central elevaram, pela oitava semana seguida, a expectativa de fechamento do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano, que passou de 5,19% para 5,20%.

A press�o dos pre�os de alimentos, principalmente da soja e do milho, est� entre as principais justificativas para o cen�rio. Os efeitos devem ser sentidos tamb�m nos �ndices de pre�os medidos pela Funda��o Getulio Vargas. A come�ar pelo IGP-M que passou de uma previs�o de alta de 7,85% para 8,03%. O IGP-DI teve varia��o mais moderada, segundo avalia��o do Relat�rio Focus, saindo de 8,16% para 8,17%. Os reflexos ser�o sentidos tamb�m em 2013, ano em que a infla��o estar� mais pressionada. Em boletim do Banco Central, o avan�o de pre�os esperado para o ano que vem � de 5,51%.

REDU��O O Produto Interno Bruto (PIB) tamb�m passa por uma sequ�ncia de revis�es, mas ao contr�rio da infla��o, � reduzido a cada novo relat�rio, divulgado semanalmente. Pela quinta vez consecutiva, foi cortado, desta vez passando de 1,73% para 1,64%. O resultado desanimador do PIB do segundo trimestre divulgado na �ltima semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) foi o principal respons�vel pela nova estimativa de crescimento do pa�s para este ano. Isso porque registrou varia��o de 0,4% entre os meses de abril a junho frente ao primeiro trimestre do ano, frustrando o mercado, que contava com alta de 0,5%. Para 2013, n�o houve altera��o, com resultado esperado de 4%.


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