A Caixa Econ�mica Federal � hoje o mais agressivo banco de grande porte do Pa�s. Al�m de expandir o cr�dito em ritmo superior ao dos principais concorrentes, a institui��o anunciou na semana passada a cria��o de um banco de investimentos - que permitir� a entrada em segmentos onde a Caixa n�o atua hoje. Para fazer frente a tantos desafios simult�neos, o banco, tamb�m na semana passada, recebeu nova capitaliza��o de seu �nico acionista, o governo federal: R$ 1,5 bilh�o, que se somam aos R$ 500 milh�es do fim do ano passado.
A estrat�gia da institui��o, por�m, tem sido duramente criticada por analistas, que apontam dois riscos principais: expans�o r�pida demais dos empr�stimos que pode fazer explodir a inadimpl�ncia no futuro e a entrada em novos segmentos, que pode ser perigosa para um banco sem tradi��o em �reas fora do cr�dito imobili�rio.
O presidente da Caixa, Jorge Hereda, rebate os cr�ticos, reafirma as escolhas para o banco, alfineta os concorrentes privados e reclama de preconceito. “A avalia��o deve ser feita de uma maneira mais criteriosa, talvez com um pouco menos de preconceito. O banco p�blico, sempre que faz alguma coisa, parece que o faz de maneira irrespons�vel”, afirmou.
"Os cr�ticos precisam conhecer um pouco mais da realidade. Emitir uma opini�o sobre a estrat�gia de um banco sem conhec�-la profundamente n�o � muito recomend�vel. Em rela��o ao banco de investimentos, a Caixa j� tem uma �rea de mercado de capitais e uma vice-presid�ncia de terceiros que atua com coisas inerentes ao banco de investimento. O que a Caixa est� fazendo hoje � juntar essas atividades em um banco. Portanto, n�o est� entrando em um banco que n�o conhe�a", disse, em rela��o aos novos projetos da Caixa que envolveu a compra do Panamericano. "Qualquer pessoa que entenda de compra de empresas e participa��es que olhar o processo de compra do Panamericano vai ver que foi feito tudo o que todo mundo faz no mercado para comprar uma empresa."
Sobre o ritmo de crescimento de cr�dito da Caixa, muito superior � m�dia do mercado, o presidente da Caixa rebate as cr�ticas de analistas. "A Caixa est� crescendo com cr�dito bom. N�o tivemos nenhuma altera��o no nosso modelo de risco. Nossa avalia��o de risco � reconhecida no mercado como uma das melhores. � segura. A Caixa aumentou a carteira com cr�ditos bons que os outros bancos n�o quiseram fazer. Nossa carteira tem a menor inadimpl�ncia do mercado. Por qu�? Porque temos foco em modalidades de cr�dito com inadimpl�ncia baixa, como imobili�rio e consignado.
Segundo ele, a Caixa est� crescendo em ritmo acelerado h� cinco anos. "J� era tempo de termos quebrado. Em 2008, t�nhamos 6% do mercado. Hoje temos 14%. Naquela �poca, a inadimpl�ncia era de 2 74%. Hoje � de 2%. O lucro saiu de R$ 2 bilh�es para R$ 5,2 bilh�es em 2011. Portanto, n�o temos nenhum motivo para achar que estamos correndo riscos que n�o sejam calculados. N�o temos nenhum motivo para n�o fazer o que estamos fazendo. Ali�s, n�o fazer o que estamos fazendo seria de uma incompet�ncia muito grande."