O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, reconheceu hoje que h� problemas no transporte do milho para as regi�es Norte e Sul, que sofrem com a seca este ano, mas garantiu que o governo federal est� adotando medidas para fazer com que o gr�o seja deslocado para as �reas afetadas.
“O milho chega, n�o na velocidade que tinha que chegar, at� porque n�o existe transporte para isso. Estamos com uma a��o com os governos estaduais, tentando fazer com que o problema deixe de existir o mais r�pido poss�vel”, declarou, ap�s reuni�o na Sociedade Rural Brasileira, em S�o Paulo.
Mendes Ribeiro informou que est� em di�logo com a diretoria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para chegar a uma solu��o e que o �rg�o est� recorrendo, inclusive, ao Ex�rcito para fazer o transporte. “N�o h� como convencer o propriet�rio do caminh�o [a fazer o deslocamento]. O caminhoneiro n�o quer vir com o milho e voltar vazio. � uma dificuldade de estrutura que n�o d� para fugir”, disse.
O ministro assegurou tamb�m que n�o haver� problemas com o abastecimento de soja este ano. “N�o vai faltar soja. Conversei com o setor, que me garantiu que n�o vai faltar soja. Estou acompanhando isso. J� o pre�o � uma quest�o de mercado e n�s n�o temos como medir isso”, disse.
Mendes Ribeiro acredita que n�o h� risco de uma nova crise alimentar no mundo nos moldes da que ocorreu em 2007 e 2008. “N�o percebemos nenhum sinal disso. Pelo contr�rio, n�s devemos ter uma safra hist�rica este ano e devemos ter algo no mesmo sentido, no ano seguinte.” Como forma de evitar crises de abastecimento no pa�s, ele destacou a cria��o de pol�ticas regionalizadas pelo Minist�rio da Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento.
“Queremos que o d�ficit de milho, que sempre existe no Sul e no Nordeste j� possa ser evitado na pr�xima safra, com um trabalho elaborado durante o ano. Temos o levantamento de toda a nossa capacidade de armazenamento e buscamos parcerias com a iniciativa privada para suprir essa necessidade. Essa identifica��o est� sendo feita e essa � uma das a��es a n�vel regional por parte do minist�rio”, explicou.