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Estado de Minas

Maioria dos motoristas aprova ped�gios na BR-116

Consulta a mais de 47 mil motoristas mostra que 77% concordam com a concess�o da BR-116 e que condutores de carros pequenos est�o dispostos a pagar at� R$ 0,04 por quil�metro rodado


postado em 05/09/2012 06:00 / atualizado em 05/09/2012 07:30

Movimento de caminhões na BR-116, que após as obras deve ter oito praças de pedágio em Minas(foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS - 19/1/12)
Movimento de caminh�es na BR-116, que ap�s as obras deve ter oito pra�as de ped�gio em Minas (foto: PAULO FILGUEIRAS/EM/D.A PRESS - 19/1/12)
Tr�s em cada quatro motoristas que usam a BR-116 s�o favor�veis ao pagamento de ped�gio, segundo estudo contratado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Levantamento feito com 47.537 caminhoneiros e condutores de autom�veis mostra que somente 22,2% rejeitam a ideia de concess�o, enquanto o restante dos entrevistados concorda em pagar para trafegar por uma rodovia em melhores condi��es. Em m�dia, os motoristas est�o dispostos a pagar R$ 0,04 para cada quil�metro rodado, o que sugere pagamento de R$ 32,64 para autom�veis transitarem por toda a extens�o da Rio-Bahia, como � conhecido o trecho que corta Minas ligando os dois estados. O valor � o dobro do cobrado na Fern�o Dias (BR-381, entre BH e S�o Paulo), onde, por quil�metro, s�o cobrados R$ 0,02.

Hoje ser� realizada em Belo Horizonte a primeira audi�ncia presencial para a concess�o da rodovia. O evento faz parte da Audi�ncia P�blica 127, que tem o objetivo de tornar p�blico e colher sugest�es e contribui��es aos estudos de viabilidade t�cnica e econ�mica para concess�o da BR-116. Pela internet, � poss�vel fazer contribui��es at� 21 de setembro. Nos pr�ximos dias, devem ser disponibilizadas as atualiza��es dos estudos referentes � BR-040. As duas rodovias mineiras devem ser as primeiras concedidas dentro do Plano Nacional de Log�stica. A expectativa do governo federal � fazer o leil�o das duas em janeiro e iniciar as obras ainda no primeiro semestre do ano que vem.

Ao todo, devem ser investidos R$ 5,67 bilh�es nos 25 anos de concess�o para duplica��o, manuten��o e opera��o dos 817 quil�metros da Rio-Bahia, sendo a maior parte nos cinco primeiros anos, per�odo que deve ser feita a duplica��o do trecho. Como anunciado pela presidente Dilma Rousseff no lan�amento do Plano Nacional de Log�stica, as BRs inclu�das no pacot�o devem estar duplicadas at� o quinto ano de vig�ncia do contrato. No caso da 116, 20% devem estar conclu�dos em 2014; 45% em 2015; 30% no ano seguinte e o restante at� 2017. Assim, a cobran�a come�aria em 2014.

O estudo mostra que o mais rent�vel seria a constru��o de oito pra�as de ped�gio equidistantes. Foram feitas simula��es com a implanta��o de oito a 12 pra�as. Al�m do retorno financeiro, o n�mero reduzido de postos de ped�gio tamb�m facilita o tr�nsito de moradores das regi�es, que podem percorrer trechos mais longos sem pagar tarifa. A primeira estaria situada em Medina e, na sequ�ncia, haveria uma a cada 102 quil�metros, em Cara�, Itambacar�, Governador Valadares, Ubaporanga, S�o Jo�o do Manhua�u, Muria� e Al�m Para�ba.

Tarifa justa


Entre os condutores de autom�veis, a tarifa m�dia ponderada entre os entrevistados � de R$ 0,04 por quil�metro. Como a BR tem 817 quil�metros de extens�o em Minas e o mesmo estudo mostra que o ideal seria a instala��o de oito pra�as de ped�gio e o valor cobrado deve ser igual para todos os postos, a tarifa seria de R$ 4,08. No caso de caminh�es, eles estariam dispostos a pagar, em m�dia, R$ 0,149 por quil�metro. Assim, com base no n�mero de eixos, devem ser estipulados 13 valores de ped�gio, variando de R$ 4,08 para autom�vel, caminhonete e furg�o a R$ 36,40 para ve�culos especiais com nove eixos. Um carro leve que cruzar a estrada desde o encontro com o Rio at� a divisa baiana ter� que pagar R$ 32,64.

No comparativo com a Fern�o Dias, o valor m�dio pago por quil�metro rodado ser� duas vezes maior, o que pode ser justificado pelo fato de a concession�ria contratada para a BR-116 ser obrigada a fazer a obra da rodovia, enquanto, no caso da BR-381, as melhorias entre BH e S�o Paulo foram feitas pelo governo federal, ficando a empresa obrigada a custear apenas a opera��o e a manuten��o. Sob essa �tica, como a BR-040, a 050 e 262 t�m segmentos j� duplicados, a tend�ncia � de que as tarifas das outras BRs inclu�das no plano de concess�es sejam mais baratas.

Qualidade vai compensar pre�o

Mesmo diante da necessidade de pagar a tarifa de ped�gio, a Federa��o das Empresas de Transportes de Carga de Minas Gerais (Fetcemg) se diz favor�vel � concess�o diante da incapacidade do governo federal de investir na duplica��o e manuten��o das rodovias. “N�o vejo alternativa. Hoje, o pa�s n�o tem dinheiro para cobrir o desenvolvimento necess�rio para se ter um crescimento sustent�vel”, afirma o presidente da Fetcemg, Vander Francisco da Costa, que considera razo�vel o pre�o sugerido para o ped�gio. “Se for o dobro da Fern�o Dias, ainda est� barato”, diz.

Na avalia��o do empres�rio, a duplica��o da BR-116 deve provocar uma mudan�a no tr�nsito de caminh�es, principalmente aqueles carregados de produtos industrializados. Costa afirma que, desde a duplica��o da Fern�o Dias, os caminh�es que partem de S�o Paulo e Paran� preferem evitar a Rio-Bahia, mesmo tendo que rodar mais, e a consequ�ncia imediata dessa reop��o de trajeto deve ser o desenvolvimento dos munic�pios situados �s margens da BR-116. “Vai criar condi��o de desenvolver uma regi�o bastante pobre. Mais infraestrutura leva a mais atratividade”, afirma o presidente da Fetcemg, que aponta a obra na BR-116 como a mais importante do pacote de concess�es, uma vez que as BRs 040 e 262 j� contam com importantes trechos duplicados, enquanto a BR-116 � de pista simples em toda a sua extens�o.

Ele recorda o efeito que a duplica��o da Fern�o Dias teve no Sul de Minas, com aumento de arrecada��o do Imposto sobre Servi�os (ISS), e afirma que por Minas ter sido contemplada com a duplica��o de cinco rodovias, al�m da BR-381 (trecho entre BH e Governador Valadares), que deve ser reformado pelo governo, a economia do estado deve ser bastante refor�ada.

O especialista em transporte e tr�nsito da Universidade Fumec, M�rcio Aguiar, cita outro benef�cio: a redu��o do custo do transporte. Por aumentar a fluidez do transporte de carga, a tend�ncia � que os caminh�es consigam trafegar por um trecho mais longo em um tempo menor, facilitando desde o transporte de autom�veis at� o turismo. “� uma rodovia tronco-comercial de grande import�ncia para o pa�s e seu desenvolvimento atrai mais ind�strias para o entorno”, afirma o professor. Ele faz ainda duas importantes considera��es: “A duplica��o vem com atraso de tr�s d�cadas e a obra da BR-381 � de import�ncia essencial para os mineiros, principalmente para os que moram na capital e acessam a Rio-Bahia rumo ao litoral somente depois de cortar o trecho da Rodovia da Morte at� Governador Valadares”.

Al�m da melhoria na qualidade do asfalto da rodovia e sua duplica��o, a estrada passar� a contar com uma s�rie de equipamentos de seguran�a, com a instala��o de radares, balan�as, c�meras e telefones a cada trecho de um quil�metro. Haver� tamb�m ambul�ncias para atendimentos m�ximos a cada 15 minutos. (PRF)


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