O governo est� apostando tudo na redu��o do pre�o da energia el�trica de 16,2%, em m�dia, para as fam�lias, e de at� 28% para as empresas. Al�m da popularidade da medida, que tende a agregar apoio � presidente Dilma Rousseff neste momento de baixo crescimento da economia, o Pal�cio do Planalto conta com a luz mais barata para amenizar a infla��o em 2013, que, pelas contas do Banco Santander, poder� chegar a 6%, quase o teto meta perseguida pelo Banco Central, de 6,5%. "Com certeza, a energia com o pre�o reduzido tanto para as pessoas quanto para as empresas vai significar um impacto positivo numa faixa menor de infla��o", disse o ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo.
Ele ressaltou ainda que os custos menores da energia ter�o impacto no crescimento econ�mico, que decepcionou nos dois primeiros anos do mandado da presidente Dilma. Do lado das fam�lias, a economia com a conta de luz poder� ser destinada ao consumo. Do lado das empresas, os custos menores resultar�o em pre�os de produtos mais competitivos. "Redu��o de tarifa de energia tem um forte potencial para estimular o crescimento", disse Bernardo, que participou do desfile das comemora��es da Independ�ncia, em Bras�lia, ao lado da mulher, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Ela destacou que o detalhamento do plano de redu��o do custo de energia ser� detalhado na ter�a-feira.
Apesar do otimismo do governo, o presidente da presidente da Associa��o Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria, ressaltou que, mesmo com a retirada de v�rios tributos da conta de luz, a energia no Brasil continuar� acima da m�dia mundial. Pelas contas dele, para que o valor da eletricidade ficasse pr�ximo do que � praticado internacionalmente, seria preciso que a redu��o �s empresas fosse de 35% e n�o de at� 28%. Estudo realizado pela Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostra que o custo m�dio da energia no Brasil de R$ 329 o megawatt-hora (MWh), ante uma m�dia mundial de R$ 215,5 por megawatt. De qualquer forma, ele considera que a iniciativa do governo importante, desde que seja feita com transpar�ncia.
Na avalia��o da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), a decis�o da presidente Dilma foi um passo importante para diminuir o custo Brasil, aumentar a competitividade da ind�stria e favorecer o crescimento da economia. Segundo a entidade, a energia � um dos principais insumos da ind�stria. "Por isso, a decis�o do governo vai alterar a estrutura de custos das empresas e pode fazer com que a energia el�trica volte a ser uma vantagem competitiva do setor produtivo", destacou, por meio de nota. Segundo a entidade, n�o � poss�vel mais que o Brasil continue convivendo com a quarta tarifa de eletricidade mais cara do mundo, atr�s apenas do cobrado na It�lia, na Turquia e na Rep�blica Tcheca. "A tarifa no Brasil � o triplo da dos Estados Unidos e do Canad� e o dobro da cobrada na China, Coreia do Sul e Fran�a", destacou. Pior: quase metade da tarifa brasileira � formada por encargos e tributos. A Medida Provis�ria com as mudan�as ser� assinada na ter�a-feira e entrar� m vigor em janeiro de 2013.
Aplauso e cobran�a
O governador Antonio Anastasia comemorou a redu��o nas tarifas da energia el�trica anunciadas pela presidente Dilma. Ontem, durante o desfile c�vico-militar no Centro de BH, Anastasia afirmou que a medida � positiva, mas ressaltou que a a��o deve ser apenas um primeiro passo para um trabalho em dire��o a uma reforma tribut�ria mais ampla. “Toda medida econ�mica que tende a reduzir encargos e impostos � bem vinda. Sabemos que o Brasil tem uma grave quest�o de produtividade e a medida � um primeiro passo. Como os governadores j� t�m cobrado h� muito tempo, isso sinaliza a uma condu��o que deve ser feita pelo governo federal para mudan�a maior, que alcance o fim da guerra fiscal”, cobrou o governador. (Colaborou Marcelo da Fonseca)