A Gr�cia apresentou um corte de bilh�es de euros para os inspetores internacionais que visitaram o pa�s neste domingo, um dia depois de dezenas de milhares de manifestantes ocuparem as ruas da segunda maior cidade do pa�s para se oporem �s medidas. Ap�s um encontro de mais de duas horas entre o ministro das Finan�as da Gr�cia e autoridades da Comiss�o Europeia, do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e do Banco Central Europeu (BCE) - trio de institui��es chamado de "troica" pelos gregos -, os dois lados afirmaram que o encontro foi positivo. "A reuni�o foi boa" disse Poul Thomsen, o chefe da miss�o do FMI.
Mas tanto a troica quanto o minist�rio de Finan�as da Gr�cia enfatizaram que as negocia��es devem durar v�rias semanas, � medida que os inspetores examinem o progresso da Gr�cia em reformas que foram postergadas, indo do programa de privatiza��o emperrado at� os esfor�os em reformar o sistema tribut�rio. "N�s estamos apenas come�ando", disse uma das autoridades do minist�rio das Finan�as presentes no encontro. "A troica ficar� aqui por um tempo."
O principal item da agenda ser� o corte no or�amento de 13,5 bilh�es de euros (ou US$ 17,1 bilh�es) que as institui��es exigem que o governo da Gr�cia realize em troca do mais recente pacote de ajuda de 173 bilh�es de euros. Este corte ser� mais uma medida de austeridade para a Gr�cia, que nos �ltimos dois anos e meio vem tentando eliminar o d�ficit do or�amento que levou sua economia a uma recess�o e as taxas de desemprego para recordes de alta, ao mesmo tempo em que reduziu o poder de compra dos assalariados para n�veis n�o vistos desde 2003.
No s�bado, milhares de manifestantes foram para as ruas de Tessalonica, ao norte da Gr�cia, realizar protesto em larga escala contra as medidas de austeridade que devem ser implantadas, com cortes nas pens�es, sa�de e nos sal�rios dos funcion�rios p�blicos. De acordo com a pol�cia, de 30 mil a 35 mil manifestantes participaram de cinco diferentes passeatas organizadas por sindicatos e organiza��es de esquerda. Nas m�os, os manifestantes carregaram cartazes que diziam "N�s queremos trabalho, n�o desemprego" e "Parem com as medidas neoliberais".
Em um esfor�o para ganhar credibilidade com os credores estrangeiros, a coaliz�o de partidos que governam a Gr�cia est� determinada a realizar os cortes, o que vai contra as promessas feitas por ela tr�s meses atr�s, quando fizeram campanha, antes das elei��es, para reduzir as medidas de austeridade. O Minist�rio das Finan�as informou tamb�m que a troica fez obje��es a algumas medidas, pedindo mais detalhes e questionando se algumas delas ir�o funcionar.
A Gr�cia depende de um relat�rio positivo da troica para assegurar a pr�xima parcela da ajuda. Se os inspetores ficarem convencidos de que o pa�s est� no caminho certo, Atenas conseguir� obter mais 31,5 milh�es de euros no pr�ximo m�s, que ser�o direcionados em grande parte para a recapitaliza��o do setor banc�rio.
O relat�rio da troica dever� ser entregue antes da reuni�o dos ministros de finan�as da Europa, que ocorrer� em 8 de outubro e que ter� um papel importante na defini��o da extens�o no per�odo para se realizar os cortes or�ament�rios pretendidos pela Gr�cia. O governo grego tornou a extens�o o centro de sua plataforma pol�tica, j� que, com a amplia��o no per�odo de aplica��o da redu��o, os ajustes do pa�s ficariam mais f�ceis de ser realizados.