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Estado de Minas

Luz ficar� mais barata e a gasolina mais cara

Redu��o na tarifa de energia anunciada para 2013 abre brecha no IPCA para atender � reivindica��o da Petrobras


postado em 10/09/2012 06:44 / atualizado em 10/09/2012 07:36

Reajuste aprovado para a refinaria este ano não chegou às bombas graças à redução da Cide(foto: EM/D.A/Press)
Reajuste aprovado para a refinaria este ano n�o chegou �s bombas gra�as � redu��o da Cide (foto: EM/D.A/Press)
A presidente Dilma Rousseff vai detalhar amanh� mais um pacote para estimular a economia: a conta de luz ficar� mais barata em 2013, para empresas e pessoas f�sicas. Mas a equipe econ�mica do governo j� estuda usar parte do "espa�o" que ser� criado no �ndice de infla��o, com a queda dos pre�os da eletricidade, para conceder o primeiro reajuste do pre�o da gasolina para o consumidor em quase oito anos. A Petrobras, que registrou o primeiro preju�zo no segundo trimestre em 13 anos, pressiona pelo aumento do combust�vel. A decis�o de cobrar do consumidor final um aumento no pre�o da gasolina tem sido postergada pelo governo, que preferiu cortar um tributo sobre o combust�vel para evitar que o aumento de pre�o na refinaria contaminasse o valor cobrado nos postos. O problema � que esse espa�o acabou.

Em pronunciamento de r�dio e TV na v�spera do 7 de Setembro, Dilma afirmou que, a partir de janeiro do ano que vem, o pre�o da energia el�trica ficar� 16,2% mais barato para consumidores residenciais e quase um ter�o (28%) para a ind�stria, que consome mais. Com a medida, o governo espera que os empres�rios cortem dos pre�os para os clientes a economia que ter�o na conta de luz. Assim, os produtos "made in Brasil" ficam mais baratos na prateleira e, consequentemente, ajudam a reduzir a infla��o.

Analistas do mercado calculam que esse impacto pode variar de 0,1 a 0,5 ponto porcentual no �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial de infla��o usada pelo Banco Central. No ano que vem, o BC precisa entregar um IPCA de 4,5%, mas o mercado financeiro e a pr�pria autoridade monet�ria imaginam um �ndice acima da meta. Antes do an�ncio de Dilma, o mercado estimava, na semana passada, que a infla��o bateria em 5,51% no ano que vem.

A queda dos pre�os da energia ser� obtida na renova��o dos contratos de concess�o, que come�am a vencer em 2015. Segundo Dilma, a medida visa a aumentar a competitividade da ind�stria nacional, que ter� redu��o nos custos e poder� oferecer produtos mais baratos e assim concorrer melhor com importados na prefer�ncia do brasileiro. O Brasil possui uma das contas de luz mais caras do mundo e, nos �ltimos 12 meses encerrados em agosto, o pre�o da energia subiu 1,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

No fim de junho, o governo autorizou a Petrobras a aumentar o pre�o da gasolina em 7,4%, mas essa eleva��o n�o chegou ao consumidor porque o governo levou a zero a al�quota da Contribui��o de Interven��o no Dom�nio Econ�mico (Cide), blindando os pre�os pagos pelo consumidor. Como n�o h� mais como reduzir a Cide, ou o governo reduz outro tributo ou o aumento vai parar na bomba, pressionando a infla��o.

O congelamento do pre�o da gasolina tamb�m provoca outro problema econ�mico: de janeiro a julho deste ano, a Petrobras importou mais de US$ 6 bilh�es em combust�veis, uma amplia��o de 417% na compara��o com 2011. Por comprar gasolina pagando a cota��o internacional e revend�-la a pre�os dom�sticos, a Petrobras registrou preju�zo de US$ 1,3 bilh�o de abril a junho deste ano.

Ano novo

Essa realidade deve mudar em 2013. O aumento do pre�o da gasolina, caso seja efetivamente concretizado, n�o deve ser anunciado neste ano, uma vez que o governo n�o quer pressionar o IPCA de 2012. No ano que vem, avaliam os t�cnicos, a velocidade da atividade vai aumentar, mas uma retomada da demanda n�o deve pressionar a infla��o, que ser� auxiliada pelas medidas tomadas ao longo deste ano. Al�m do barateamento da energia el�trica, o governo ainda vai anunciar a amplia��o da medida de desonera��o da folha de pagamentos, que hoje alcan�a 15 setores da economia – at� o fim deste m�s, o benef�cio deve ser estendido para mais seis setores.


Ao mesmo tempo, a redu��o dos juros na economia, seja pela taxa b�sica, Selic (hoje em 7,5% ao ano), ou pelas diversas linhas de cr�dito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) e dos bancos comerciais, v�o servir aos empres�rios com planos de investimentos represados entre 2011 e 2012 por conta da desacelera��o da economia.

 


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