O excesso de burocracia prejudica a competitividade de 92% das ind�strias brasileiras. A avalia��o � da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), que divulgou nesta segunda-feira (10) duas pesquisas sobre o tema, uma envolvendo a ind�stria da constru��o e outra relativa � ind�stria de transforma��o e extrativa. No saldo geral desses setores, a confedera��o aponta que al�m de afetar a competitividade de 92% da ind�stria, parcela de 85% dos industriais ouvidos considera que h� um n�mero excessivo de obriga��es legais.
O estudo revela tamb�m que fatia de 58% dos industriais avalia que um dos principais impactos da burocracia sobre as empresas � o aumento do custo de gerenciamento de trabalhadores. Do total consultado, fatia de 73% aponta que a legisla��o trabalhista deveria ser prioridade do governo no combate � burocracia excessiva (a legisla��o ambiental ficou em segundo lugar, com 55% das respostas).
Foram consultados 2.388 industriais em todo o Brasil entre os dias 2 e 17 de abril. Desse grupo, foram ouvidos 1.835 empres�rios da ind�stria de transforma��o, 116 da ind�stria extrativa e 437 da constru��o. A pesquisa que envolveu a ind�stria da constru��o foi realizada em parceira com a C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (CBIC).
A pesquisa que ouviu a ind�stria de transforma��o e extrativa aponta que 89% das empresas enfrentam burocracia nas �reas trabalhistas e ambiental. Parcela de 85% dos consultados considera que a principal dificuldade para o cumprimento das obriga��es legais � o n�mero excessivo dessas exig�ncias. Outra fatia de 60% das empresas afirma que o principal impacto da burocracia � o aumento no uso de recursos em atividades que n�o est�o ligadas diretamente � produ��o.
O estudo que ouviu os industriais da �rea de constru��o indica que parcela de 88% desse p�blico diz enfrentar burocracia na �rea trabalhista. Outra fatia de 85% das empresas considera que a principal dificuldade para o cumprimento das obriga��es legais � o n�mero excessivo de exig�ncias. Nesse segmento, 70% apontam que o governo deveria dar prioridade � redu��o da burocracia na legisla��o trabalhista. Entre os industriais do setor de constru��o, parcela de 54% considera que o principal impacto da burocracia � o aumento no custo de gerenciamento de trabalhadores.
A CNI ressalta que, entre todos os segmentos industriais, vigora a percep��o de que a burocracia prejudica a competitividade, mas ressalta que o excesso de obriga��es legais causa problemas diferentes em cada segmento. Na avalia��o de 47% dos empres�rios da constru��o, a burocracia atrasa a finaliza��o do produto, obra ou servi�o. Esse porcentual cai para 23% na ind�stria de transforma��o e para 25% na ind�stria extrativa. Para 35% dos construtores, o excesso de procedimentos aumenta o custo de celebra��o de contratos, mas esse n�mero cai para 21% no segmento extrativo e para 17% na ind�stria de transforma��o.
H� tamb�m diferen�as nas sugest�es dos empres�rios para o corte da burocracia. Na constru��o, 25% acreditam que o governo deve priorizar a redu��o da burocracia nas licita��es p�blicas. O porcentual cai para 12% nas ind�strias de transforma��o e para 6% na ind�stria extrativa. Por outro lado, 19% dos empres�rios do ramo de transforma��o e 17% dos que atuam na ind�stria extrativa reclamam dos procedimentos aduaneiros, mas o �ndice � de apenas 4% entre os empres�rios da constru��o.