Trabalhadores dos Correios de Minas Gerais aprovaram o in�cio de greve por tempo indeterminado. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores, a ades�o � paralisa��o � de 30% nesta ter�a-feira. O representante do sindicato da categoria, Jorge Cunha, disse que uma nova assembleia em Minas ser� realizada nesta quarta para avaliar o quadro nacional da greve. "Pode ser que a greve logo se estenda para demais cidades do interior do Estado. Hoje, a greve atinge principalmente os carteiros", explica.
Das 16 assembleias sindicais realizadas na noite de ontem, apenas duas - Minas Gerais e Par� - aprovaram o in�cio de greve por tempo indeterminado. Em nota, os Correios informaram que "nos dois Estados 98% do efetivo est� presente e trabalhando. Assim, tanto o atendimento ao cliente nas ag�ncias como a entrega de cartas e encomendas est� normal em todos os Estados brasileiros. Em caso de eventual paralisa��o, a empresa possui plano de conting�ncia para garantir a presta��o de servi�os � popula��o". As demais 14 assembleias optaram por adiar o movimento. Na maioria dos estados, a categoria marcou novas assembleias para a pr�xima ter�a-feira. Entre esses, est�o Esp�rito Santo, Goi�s, Mato Grosso, Paran�, Pernambuco, Piau�, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S�o Paulo. Outras sete entidades sindicais ainda realizam assembleias hoje.
A Empresa Brasileira de Correios e Tel�grafos (ECT) ofereceu 5,2% de reajuste salarial. O mesmo percentual seria aplicado a benef�cios como vale-alimenta��o e aux�lio-creche. Pela proposta, o sal�rio-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo passaria de R$ 942 para R$ 991.
O comando de negocia��o da Federa��o Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Tel�grafos e Similares (Fentect) reivindica 43,7% de reajuste, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil. Quatro sindicatos dissidentes (S�o Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins e Bauru), que se desfiliaram da entidade, reivindicam 5,2% de reposi��o, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100. Maior empresa empregadora no regime da Consolida��o das Leis do Trabalho (CLT), os Correios t�m cerca de 115 mil funcion�rios.
Em nota, a empresa declarou ontem que ir� descontar os dias parados dos trabalhadores que aderirem � greve. A ECT tamb�m informou ter um plano de conting�ncia com medidas para garantir a presta��o de servi�os � popula��o em caso de greve. Entre as medidas, estariam a contrata��o de trabalhadores tempor�rios, a realoca��o de empregados das �reas administrativas e a realiza��o de horas extras e de mutir�es nos finais de semana.
Em 2011, os trabalhadores dos Correios permaneceram em greve durante quase um m�s. Dos 28 dias de greve, sete foram descontados na folha de pagamento. Os 21 dias restantes foram compensados aos s�bados e domingos.
Com Ag�ncia Brasil