
"Essa medida aumenta a competitividade da ind�stria e estimula o investimento porque reduz pre�os e faz com que o empres�rio tenha mais confian�a em produzir e gerar emprego no Brasil. Teremos um produto mais competitivo no mercado nacional e internacional", afirmou o presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Braga de Andrade, em nota. Para o Instituto A�o Brasil (IABr), um dos grandes problemas da ind�stria nacional hoje � a perda de competividade. "A desonera��o da energia el�trica vai na dire��o de recuperar parte dessa competitividade num cen�rio internacional de competi��o acirrada e muitas vezes desleal", afirmou a entidade em nota. Para a institui��o, a medida � t�o bem-vinda quanto o recente aumento das tarifas de importa��o e o fim da guerra fiscal nos portos."S�o medidas que, em seu conjunto, fazem com que a ind�stria brasileira do a�o tenha melhoria na sua competividade, considerando que o Brasil tem o terceiro maior custo de energia el�trica entre 27 pa�ses, segundo dados da Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel)".
Retomada
De acodo com o presidente da ArcelorMittal A�os Longos para a Am�rica do Sul, Augusto Espeschit de Almeida, a medida favorece a decis�o de retomar o projeto de duplica��o da usina de Jo�o Monlevade, na Regi�o Central de Minas Gerais, or�ado em US$ 1,2 bilh�o. "Com certeza, facilita e muito a retomada de investimentos. O custo menor com os insumos melhora n�o s� o retorno do projeto como tamb�m o valor presente do empreendimento", disse o executivo. A ArcelorMittal anunciou a paralisa��o das obras em novembro do ano passado, diante do agravamento da crise na Europa. "Foi uma decis�o hist�rica e corajosa, um passo acertado de que a economia precisava como parte de um processo de fortalecimento da ind�stria", disse.
Outros segmentos eletrointensivos, como a produ��o de papel e celulose e de ferro-gusa, tamb�m comemoraram a decis�o. Mas ainda vai levar um tempo para que as empresas fa�am as contas do impacto da medida na redu��o de custos. Para a Alcoa, a quantifica��o dos efeitos da medida em suas atividades no Brasil necessita de uma an�lise mais aprofundada das medidas anunciadas e depender�, entre outros fatores, da negocia��o do contrato j� vigente com a Eletronorte, empresa que fornece energia el�trica � companhia em sua opera��o em S�o Lu�s (MA). A Gerdau tamb�m avaliou como positiva a iniciativa, mas diz que vai analis�-la para mensurar os reflexos em suas opera��es. (Com Marta Vieira)