O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, avaliou hoje (12) que “desvios transit�rios” t�m feito a estimativa de infla��o se desviar da meta de 4,5% estabelecida pelo governo. Para Tombini, que participou hoje (12) de audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos do Senado, h� sinais favor�veis em prazos mais longos.
De acordo com Tombini, no curto prazo, o Brasil est� lidando com choques de pre�os de commodities (produtos prim�rios, com cota��o internacional), devido a problemas clim�ticos em �reas produtoras dos Estados Unidos.
No mercado interno, outro fator que pressiona a infla��o para cima � a instabilidade dos produtos in natura (tomate, cenoura, batata, cebola, ovo de galinha etc).
Tombini lembrou que antes desses choques desfavor�veis de oferta, em 6 de julho deste ano, o mercado financeiro esperava converg�ncia da infla��o para a meta, com a proje��o do �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) em 4,85% este ano. Na pesquisa ao mercado financeiro, divulgada pelo BC na �ltima sexta-feira, essa estimativa chegou a 5,24%.
A meta de infla��o tem como centro 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir essa meta.
De acordo com Tombini, o pre�o internacional das commodities subiu 14,2%, entre 21 de junho e 19 de julho. E o pre�o dos produtos in natura aumentou 14% entre junho e agosto.
Apesar disso, ele avalia que o atual choque de pre�os de commodities � localizado e deve ter dura��o curta, com amplitude menor do que ocorreu em 2010 e 2011.
Tombini tamb�m avaliou que as medidas anunciadas pelo governo tendem “a contribuir de forma importante para redu��o de custos da ind�stria, servi�os e agricultura e ajudar a conter as press�es de pre�o no m�dio prazo no pa�s”. Ontem, o governo anunciou redu��o dos custos da energia el�trica.