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Estado de Minas

Juros de cart�es est�o engessados

Taxas das principais opera��es de cr�dito caem pela sexta vez no ano. Mas nada muda na fatura do dinheiro de pl�stico


postado em 13/09/2012 06:00 / atualizado em 13/09/2012 07:15

Maria de Fátima já penou para quitar a conta e agora só paga em dia(foto: RODRIGO CLEMENTE/EM/D.A PRESS)
Maria de F�tima j� penou para quitar a conta e agora s� paga em dia (foto: RODRIGO CLEMENTE/EM/D.A PRESS)
Os juros das opera��es de cr�dito do com�rcio tiveram a sexta baixa do ano e atingiram o menor n�vel desde 1995. A taxa m�dia teve uma redu��o de 1,63%, passando de 6,12% ao m�s em julho, para 6,02% ao m�s em agosto, segundo levantamento da Associa��o Nacional dos Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac). Entre as seis modalidades de cr�dito, a �nica que n�o registrou diminui��o em agosto foi a taxa do rotativo do cart�o de cr�dito, que insiste em n�o ceder e se manteve est�vel no m�s. A taxa m�dia mensal permaneceu em 10,69% (238,30% ao ano), a maior registrada desde junho de 2000, e foi motivo de reclama��o do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Nessa quarta-feira, ele admitiu que a taxa cobrada no rotativo do cart�o de cr�dito � muito alta. Ele defendeu que o Brasil precisa evoluir em rela��o ao financiamento dessa forma de pagamento. Em sua opini�o, a quita��o m�nima da fatura deveria ser bem superior aos 15% exigidos atualmente, por exemplo.

A baixa concorr�ncia no mercado de cart�es ajuda a explicar a resist�ncia na queda dos juros cobrados por essa modalidade de cr�dito. “H� uma concentra��o nas m�os da Redecard (com a bandeira Mastercard) e da Cielo (com a Visa). As duas t�m 90% do mercado. E os emissores dos cart�es s�o os grandes bancos”, afirma Miguel Jos� Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac. O elevado �ndice de inadimpl�ncia, segundo ele, ajuda a explicar os juros elevados cobrado pelo dinheiro de pl�stico. Depois do cart�o, os juros mais altos registrados s�o os do cheque especial (8,05%) e de empr�stimo pessoal em financeiras (7,67%).

� importante ressaltar que o Banco Central reduziu a taxa b�sica de juros (Selic) em 40% de julho do ano passado at� agosto, passando 12,5% para 7,5% ao ano. No mesmo per�odo, a taxa m�dia para pessoa f�sica teve redu��o de 16,11%, passando de 121,21% ao ano em julho de 2011 para 101,68% anuais em agosto. “A tend�ncia � de que a taxa de juros continue caindo nos pr�ximos meses. Mas � preciso lembrar que elas ainda est�o elevada. O consumidor deve evitar financiamento de longo prazo”, alerta Oliveira. Ele lembra que os juros cobrados em outros pa�ses, como na Europa e nos Estados Unidos, variam de 5% a 20% ao ano, dependendo da modalidade de cr�dito.

O diretor da Corval Corretora de Valores, Juliano Pinheiro, lembra que a taxa de juros cobrada pelo cart�o no Brasil muitas vezes chega a ser 10 vezes maior do que em outros pa�ses. “O n�vel de inadimpl�ncia � alto, em fun��o principalmente da taxa de juros”, diz Pinheiro.

A auxiliar de escolar Maria de F�tima Dias ficou dois anos sem cart�o de cr�dito. “A minha d�vida estava uma verdadeira bola de neve. Tive que refinanciar o d�bito. Depois disso, resolvi ficar um tempo pagando tudo � vista”, diz. Recentemente ela voltou a usar o cart�o. Mas agora afirma que s� vai quitar a conta em dia. “J� paguei muitos juros. A conta mesmo era pequena, mas como deixei acumular, ficou alta”, diz. (Com Victor Martins)

Inadimpl�ncia em ritmo menor

A inadimpl�ncia do consumidor brasileiro cresceu 16,2% de janeiro a agosto. Apesar da alta, o ritmo � inferior ao verificado em 2011, quando acumulou aumento de 23,4% nos primeiros oito meses do ano, na compara��o com o mesmo per�odo de 2010. Os dados s�o do Indicador Serasa Experian de Inadimpl�ncia do Consumidor.

Na compara��o de agosto com o mesmo m�s do ano anterior, a inadimpl�ncia do consumidor cresceu 7%. Foi o menor ritmo de expans�o anual, isso �, comparativamente ao mesmo m�s do ano anterior, desde agosto de 2010. “O crescimento da inadimpl�ncia vem perdendo for�a. O consumidor tem se beneficiado da redu��o da taxa de juros nos bancos, pode fazer a portabilidade (troca de d�vida), os lotes de restitui��o do Imposto de Renda t�m sido recordes e houve antecipa��o da primeira parcela do 13º sal�rio dos aposentados e pensionistas do INSS”, avalia Carlos Henrique de Almeida, economista da Serasa Experian.

O valor m�dio das d�vidas com os bancos apresentou queda de 2,2% de janeiro a agosto, em compara��o com o mesmo per�odo de 2011. J� os t�tulos protestados, as d�vidas n�o banc�rias e os cheques sem fundos tiveram alta de 7,1%, 5,7% e 11,3%, respectivamente. “O cheque tem muita influ�ncia do micro e pequeno empres�rio, que muitas vezes usa essa forma de pagamento”, explica Almeida. Na sua avalia��o, a inadimpl�ncia vai seguir em queda gradual nos pr�ximos meses e deve chegar ao fim do ano menor do que em 2011, quando registrou 21,5%. (GC)


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