A pol�tica de incentivos do governo ao consumo tem alcan�ado seu objetivo, mantendo as vendas do com�rcio varejista aquecidas, segundo Reinaldo Pereira, gerente da Coordena��o de Servi�os e Com�rcio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O volume de vendas no varejo cresceu acima de 1% por dois meses consecutivos (1,6% em junho e 1,4% em julho).
O corte na taxa b�sica de juros, a maior oferta de cr�dito e a infla��o sob controle ajudaram no resultado, mas foi a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) o carro-chefe do sucesso no resultado do varejo. Embora a atividade de ve�culos tenha recuado 8,9% em julho ante junho, houve uma alta de 23,9% no m�s anterior. O setor de m�veis e eletrodom�sticos, tamb�m beneficiado pela desonera��o, voltou a crescer em julho, com alta de 0,7% nas vendas, ap�s um aumento de 5,2% em junho. "Parece que est� dando resultado (a redu��o de IPI)", avaliou Pereira.
Entretanto, o gerente do IBGE prefere n�o opinar sobre se o volume de vendas voltar� a ficar positivo na pr�xima leitura do indicador. "Esses n�meros na margem s�o muito vol�teis, ent�o n�o tenho como dizer que o com�rcio deu uma engrenada olhando s� os �ltimos dois meses. Tenho de aguardar mais para frente, ver os pr�ximos resultados. H� uma tend�ncia na curva (das vendas) que � de crescimento, mas n�o posso afirmar que no m�s que vem cres�a de novo", ponderou.
Em julho, apenas o segmento de livros, jornais, revista e papelaria registrou resultado negativo no varejo restrito, com queda de 0,7%. Embora o IBGE n�o divulgue os pesos para a forma��o da taxa geral do varejo nesse tipo de compara��o, o aumento nas vendas de supermercados (0,8%), m�veis e eletrodom�sticos (0,7%) e equipamentos e materiais para escrit�rio, inform�tica e comunica��o (9,7%) influenciaram o aumento de 1,4% nas vendas do com�rcio varejista no m�s.
"Voc� v� resultado positivo em hipermercados, que a gente sabe que tem um peso grande na pesquisa, e em m�veis e eletrodom�sticos, que tamb�m tem peso alto na pesquisa. Esse aumento de 9,7% de equipamentos e materiais para escrit�rio � uma varia��o alta, ent�o provavelmente est� influenciando aqui tamb�m", apontou Pereira.
As demais altas foram verificadas em combust�veis e lubrificantes (1,2%), tecidos, vestu�rio e cal�ados (2,4%), artigos farmac�uticos (0,3%), e outros artigos de uso pessoal e dom�stico (0,3%). No varejo ampliado, as vendas de materiais de constru��o subiram 1,0%.