O presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Maur�cio Tolmasquim, fez uma defesa veemente da constru��o de hidrel�tricas na regi�o amaz�nica e criticou a interfer�ncia internacional no debate sobre a constru��o da hidrel�trica de Belo Monte, no Rio Xingu, em palestra durante o evento Energy Summit, no Rio de Janeiro. O argumento � que menos de 0,5% do bioma amaz�nico deve ser utilizado para a gera��o de energia. "N�o � uma quest�o de inunda��o da Amaz�nia", afirmou Tolmasquim.
Ele citou a constru��o das hidrel�tricas de Jirau e Santo Ant�nio, no Rio Madeira, como exemplos de projetos que promovem o desenvolvimento regional. Tolmasquim ressalta tamb�m o exemplo de Belo Monte, cujo projeto adotado teria evitado o alagamento de terras ind�genas. "O projeto da d�cada de 70 foi refeito, reduziu-se bastante o reservat�rio. Com isso, foi evitado o alagamento de �reas ind�genas. � justo porque s�o minorias. O que n�o � justo � acusar o Pa�s de n�o cuidar dos seus ind�genas. Quando a OEA (Organiza��o dos Estados Americanos) acusa o Brasil, temos que nos indignar. Estamos colocando muito mais recursos porque nos preocupamos com os nossos ind�genas", afirmou.
Tolmasquim argumentou ainda que o projeto de Belo Monte � importante para o Pa�s, pela dimens�o de pessoas que ser�o beneficiadas com a disponibilidade da energia e tamb�m por evitar a emiss�o de g�s carb�nico de usinas t�rmicas a g�s, alternativa � gera��o h�drica. "Estamos falando de uma �rea j� desmatada que ser� utilizada para a usina", disse Tolmasquim, em defesa da constru��o de Belo Monte.
No projeto de Tapaj�s, ao contr�rio de Belo Monte, a inten��o n�o � atrair o desenvolvimento regional, disse o presidente da EPE. "A mata deve ficar intocada. Esse � o desafio com Tapaj�s", destacou.