As pequenas e m�dias empresas da �rea de explora��o de petr�leo e g�s querem menos burocracia na libera��o de financiamentos para o setor. Ao participar hoje da abertura da feira Rio Oil & Gas, no Riocentro, o presidente da Rede Petro do Rio de Janeiro, Pedro Pino V�liz, disse � Ag�ncia Brasil que o grau de efici�ncia dos financiadores do setor, entre os quais a Caixa, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), escapa da maioria dos pequenos e m�dios fornecedores.
Segundo ele, para que o cr�dito disponibilizado chegue de forma eficaz �s companhias � preciso que haja uma flexibiliza��o das exig�ncias para a capta��o de recursos. “Essa � uma grande dificuldade das empresas”. De acordo com V�liz, essa flexibiliza��o pode ser feita por meio da simplifica��o do processo, que qualificou de “extremamente burocr�tico e demorado”. Outro fator essencial para o incremento da cadeia brasileira de fornecedores de petr�leo e g�s, na avalia��o dele, � a cria��o de canais de compras diretos com a Petrobras, sem necessidade de subcontrata��o de intermedi�rios pela estatal.
Frutos de conv�nio entre a Petrobras e o Servi�o Brasileiro de Apoio �s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), as redes estaduais de coopera��o empresarial (Rede Petro) visam a ampliar a competitividade das empresas fornecedoras de bens e servi�os da cadeia produtiva de petr�leo e g�s natural.
Apesar das dificuldades das pequenas e m�dias empresas de acesso ao cr�dito, apontadas pelo presidente da Rede Petro, a Superintend�ncia de Petr�leo, G�s e Ind�stria Naval da Caixa Econ�mica Federal espera superar, at� o fim deste ano, os R$ 11 bilh�es concedidos, em 2011, em financiamento �s empresas do setor. A estimativa � da superintendente da Caixa, Eugenia Melo, em entrevista � Ag�ncia Brasil. “A expectativa � dobrar esse valor. A gente quer chegar pr�ximo a R$ 20 bilh�es de financiamento para o setor de petr�leo, g�s e ind�stria naval, incluindo toda a cadeia produtiva”, disse.
Para isto, segundo ela, cinquenta gerentes foram disponibilizados a fim de atender �s empresas durante o evento, que se estender� at� o pr�ximo dia 20. “Desde a abertura, �s 11 horas, n�o conseguimos parar um minuto”, declarou.
A Caixa lidera os financiadores do Programa Progredir, da Petrobras, criado com o objetivo de facilitar a oferta de cr�dito para a cadeia de fornecedores da estatal. “N�s estamos com 35% de tudo que foi feito, via portal Progredir, para fornecedores da Petrobras. J� est� chegando a� a R$ 1,2 bilh�o s� para fornecedores”.
Para a ind�stria naval, via Fundo de Marinha Mercante (FMM), a Caixa j� assinou contratos este ano no valor de R$ 1,7 bilh�o. “Estamos com uma carteira robusta em forma��o”. A meta � liberar mais R$ 9 bilh�es at� o fim de novembro para o segmento, para a constru��o de estaleiros e plataformas, declarou Eugenia Melo. “As perspectivas s�o boas. O setor est� realmente promissor”, completou.
Ela tem certeza que a explora��o de petr�leo e g�s da camada pr� sal ampliar� os financiamentos. “Acredito que � um setor em que os investimentos v�o acontecer e v�o gerar outros investimentos na cadeia produtiva. Ou seja, v�o potencializar os n�meros que estamos falando agora”.