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Estado de Minas

Espanha p�e � prova os mercados, impacientes de que Madri pe�a o resgate


postado em 18/09/2012 16:52

A Espanha ver� na quinta-feira se os investidores confiam no pa�s ao emitir t�tulos da d�vida a 10 anos, principal indicador de confian�a dos mercados, que esperam impacientes que Madri se decida a respeito de um pedido de resgate para sua economia, a quarta da zona do euro.

O governo espanhol n�o s� ganha tempo para isso, mas tamb�m come�a a duvidar da necessidade de pedir um resgate. "Atualmente estudamos a situa��o, vamos ver se nos conv�m ou n�o, se � ou n�o necess�rio", explicou tranquilamente na semana passada o chefe do executivo conservador, Mariano Rajoy.

De fato, Madri se beneficia ultimamente de uma certa tranquilidade nos mercados, algo que p�de ser verificado nesta ter�a-feira, ao pagar menos juros para captar 4,6 bilh�es de euros em t�tulos a 12 e 18 meses.

O �xito dessa capta��o era tido como certo, j� que o novo programa do Banco Central Europeu (BCE) para apoiar as economias em crise da zona do euro consistir� exatamente na compra ilimitada no mercado secund�rio de obriga��es com vencimentos de at� tr�s anos.

O grande teste ser� na quinta-feira, quando a Espanha tentar captar a mesma quantia em obriga��es a tr�s e dez anos, emiss�o a longo prazo considerada como o verdadeiro term�metro da confian�a do mercado.

A emiss�o "chega em um momento c�modo, porque j� foram satisfeitos tr�s quartos das necessidades de financiamento e o mercado relaxou muito, ent�o n�o acredito que v�o surgir muitas dificuldades", prev� Alberto Rold�n, diretor do departamento de an�lises de a��es da Inverseguros.

"Nestas �ltimas semanas, o comportamento nos leil�es foi bom", opina Marian Fern�ndez, do banco Inversis, que aposta em "uma acolhida razo�vel" da emiss�o. A Espanha obteve, em junho, uma promessa de ajuda de at� 100 bilh�es de euros para seu setor banc�rio, afetado pelo estouro da bolha imobili�ria em 2008.



Contudo, os investidores e alguns de seus s�cios europeus pressionam para que o governo solicite um resgate econ�mico global, que necessariamente implicaria condi��es econ�micas. Agora, "a tenta��o seria n�o fazer nada", diz Jean-Fran�ois Robin, estrategista de Natixis.

"As taxas espanholas retornam a n�veis baixos, antecipando uma interven��o do BCE, e Madri n�o parece muito inclinada a pedir formalmente ajuda enquanto (os juros) baixos forem mantidos", explica em uma nota.

A taxa de juros para os b�nus espanh�is a 10 anos voltou a ficar, na segunda-feira, abaixo de 6%. Segundo o jornal El Pais, o ministro da Economia, Luis de Guindos, deseja um r�pido resgate, ao contr�rio de Rajoy, preocupado com seu custo pol�tico, que faz todo o poss�vel por atras�-lo ou inclusive evit�-lo.

A Espanha viver� uma s�rie de acontecimentos cruciais nas pr�ximas semanas: no dia 27 de setembro, ser� apresentado o projeto de or�amento 2013; no dia 28, s�o esperadas as auditorias do setor banc�rio; e no dia 30, a ag�ncia Moody's pode ser a primeira a rebaixar a nota da d�vida soberana do pa�s para a categoria especulativa.

Outubro tamb�m ser� um m�s importante: Madri ocupar� boa parte da reuni�o do Eurogrupo (ministros das Finan�as da zona do euro) no dia 8 e, logo depois, da c�pula europeia (18 e 19).

Para Rajoy h� outra data politicamente essencial: o dia 21 de outubro, quando ser�o realizadas elei��es regionais na Gal�cia (noroeste) e no Pa�s Basco (norte), o que poderia atrasar ainda mais o pedido de resgate.

O governo de Madri, contudo, est�, no momento, concentrado no m�s de outubro, complicado do ponto de vista financeiro. "Ainda h� um problema de liquidez e nos aproximamos dos vencimentos de outubro", quando a Espanha ter� que devolver 30 bilh�es em apenas um pagamento, lembra Marian Fern�ndez.

Depois do an�ncio do BCE, "a taxa de risco foi relaxada de forma significativa e, efetivamente, o passo seguinte deveria vir da Espanha", j� que "se n�o pedirmos nenhum tipo de assist�ncia financeira ou de resgate, o BCE n�o intervir� comprando t�tulos da d�vida", explica.

Este � o risco de jogar com a paci�ncia dos mercados: "� evidente que todos os investidores trabalham com uma �nica expectativa, que � a de um resgate � Espanha. Inverter esta situa��o agora seria muito caro em termos de credibilidade", alerta Alberto Rold�n.


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