O secret�rio do Interior da Argentina, Guillermo Moreno, disse nesta ter�a-feira que seu pa�s n�o vai aceitar desvio de neg�cios. Ou seja, n�o permitir� que empres�rios argentinos deixem de comprar produtos brasileiros para comprar de terceiros pa�ses. Ele fez esta declara��o ap�s ter participado durante todo o dia da "Rodada de Neg�cios Brasil-Argentina", na sede da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp). Moreno se esquivou de v�rias perguntas durante coletiva em S�o Paulo e, indagado sobre o novo regime automotivo brasileiro, disse que quando os resultados forem publicados � que se saber� se foi bom ou ruim para a economia argentina.
"O presidente da Fiesp foi muito claro quando disse que a Argentina n�o vai aceitar desvio de com�rcio, deixando de comprar dos irm�o brasileiros para comprar de terceiros pa�ses se produtos tiverem pre�os e qualidade", disse Moreno em refer�ncia � fala do presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
R�spido nas respostas aos jornalistas, Moreno se esquivou ao ser indagado se os empres�rios brasileiros encontrar�o alguma limita��o para vender seus produtos na Argentina. "Na reuni�o de hoje decidimos que faremos uma miss�o conjunta � Nig�ria em mar�o para comercializarmos nossos produtos e decidimos que na �ltima semana de novembro faremos um semin�rio em Buenos Aires sobre as caracter�sticas dos dois pa�ses", disse, alegando que Brasil e Argentina v�o sistematizar na pr�tica o que j� fazem na teoria para dar voz � Am�rica Latina. "H� muitas d�cadas que a Am�rica Latina n�o opina, n�o participa de debates econ�micos mundiais", despistou.
Skaf, por sua vez, disse que o encontro foi bastante positivo, pois foram realizadas 1.200 reuni�es entre empres�rios brasileiros e argentinos. "Essa reuni�o, ao contr�rio da que fizemos h� quatro meses, est� focada no setor de autope�as e reflete aquilo que combinamos na reuni�o passada. Foi feita uma pesquisa e n�s identificamos que poder�amos melhorar o fluxo de com�rcio entre o Brasil e Argentina porque muitos produtos que o Brasil importava de terceiros pa�ses poderiam ser comprados da Argentina e muitos produtos que a Argentina comprava de terceiros pa�ses poderia comprar do Brasil", disse.
Questionado sobre a ado��o de moeda local para estimular o com�rcio entre os dois pa�ses, Skaf disse que seria uma forma de se destravar de vez o com�rcio entre os dois pa�ses. "Isso n�o depende de uma negocia��o nossa. � uma discuss�o dos bancos centrais do Brasil e da Argentina. Mas se perguntarem a minha opini�o, eu estou de acordo", ponderou, negando ter informa��es sobre a discuss�o da quest�o pelas institui��es.