IGP-M perde ritmo

A press�o dos pre�os de commodities agr�colas como soja e milho perdeu for�a e est� entre as principais justificativas para a desacelera��o do �ndice Geral de Pre�os – Mercado (IGP-M) na segunda pr�via de setembro. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Funda��o Getulio Vargas (FGV), o �ndice utilizado para corre��o de alugu�is registrou, no segundo dec�ndio de setembro – per�odo que compreende o intervalo entre os dias 21 do m�s anterior e 10 do m�s de refer�ncia – , varia��o de 0,84%. No mesmo levantamento de agosto, havia acelerado 1,38%.

O grupo mat�rias-primas brutas, entre os principais componentes do �ndice de Pre�os ao Produtor Amplo (IPA) – que juntamente com o �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) e �ndice Nacional de Custo da Constru��o (INCC) integra os c�lculos do IGP-M –, passou de uma alta de 4,49% em agosto para a varia��o atual de 1,76%. Milho em gr�o (20,10% para 1,44%) e soja em gr�o (10,43% para 4,56%) foram os maiores respons�veis pelo al�vio inflacion�rio.

Para os especialistas, a quebra da safra de gr�os nos Estados Unidos j� est� precificada pelo mercado brasileiro, o que justifica a estabiliza��o dos pre�os. “Os custos dos alimentos v�o voltar para um patamar mais reduzido, mas n�o a tempo de reverter os efeitos que o choque de ofertas teve at� agora”, pondera Rafael Le�o, economista da Austin Rating. N�o � por menos que o IGP-M acumula alta de 6,95% no ano e de 7,93% em 12 meses, a maior desde os 8,5% de julho de 2011.

Avan�o no IPC

A desacelera��o de pre�os ao produtor, por�m, n�o impediu que a alta de custos fosse verificada na ponta. O �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) passou de 0,26% para 0,37% e deve voltar a sofrer press�es a partir dos pr�ximos meses. “A demanda ser� crescente de agora para a frente. As desonera��es fiscais em conjunto com a recupera��o da economia como um todo acabam exercendo maior for�a sobre a infla��o”, avalia o economista da Tend�ncias Consultoria S�lvio Campos Neto.