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Estado de Minas

Lojistas v�o antecipar as sele��es de tempor�rios

Em tempos de pleno emprego, busca por pessoal extra para o fim do ano vai come�ar um m�s mais cedo e a disputa promete ser acirrada. Refor�o para o Dia das Crian�as j� est� nas lojas


postado em 20/09/2012 06:00 / atualizado em 20/09/2012 07:28

O gerente da Taco System, Bruno Ferreira de Souza, diz que a rede busca 100 temporários(foto: BETO MAGALHÃES/EM/D.A PRESS - 20/11/09)
O gerente da Taco System, Bruno Ferreira de Souza, diz que a rede busca 100 tempor�rios (foto: BETO MAGALH�ES/EM/D.A PRESS - 20/11/09)
Pouco mais de tr�s meses separam o com�rcio do Natal, data mais esperada do ano para as vendas. Sozinha, a comemora��o responde por mais de um ter�o de todo o faturamento anual do varejo. Para garantir expans�o de cerca de 20% das vendas estimada pela maioria dos lojistas � preciso refor�ar o quadro de funcion�rios. Somente no Natal de 2011 foram abertas 147 mil vagas tempor�rias no Brasil, sendo mais de 8,5 mil em BH. Para preencher todas essas oportunidades, as sele��es devem come�ar mais cedo este ano, diante da falta de m�o de obra dispon�vel.

A taxa de desemprego na Grande BH est� entre as menores do pa�s. Em julho, o �ndice fechou em 4,4% segundo a �ltima Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), perdendo apenas para Porto Alegre, onde a desocupa��o � de 3,8% . N�o � por acaso que a sele��o ser� antecipada em pelo menos um m�s, segundo pesquisa de opini�o da Federa��o do Com�rcio de Minas Gerais (Fecom�rcio-MG) realizada com 300 lojistas da capital.

Enquanto no ano passado 67,2% dos entrevistados planejavam contratar somente em novembro, agora, o percentual para o m�s caiu para 41,7%. Grande parte migrou o calend�rio de contrata��es para outubro. Em 2011, o per�odo respondia por apenas 15,5% das inten��es, percentual que este ano subiu para 52,1%. Dezembro, que antes concentrava 16,4% da prefer�ncia, soma meros 4,2% das expectativas de contrata��o.

A assessora de diretoria da Associa��o dos Lojistas do Minas Shopping, Cleonice Campos de Ara�jo, sabe bem o motivo para a corrida antecipada por esses profissionais. “Nem sequer as vagas efetivas s�o preenchidas. Hoje, s�o 52 em aberto desde mar�o”, comenta. A inten��o � recorrer aos universit�rios, que no ano passado foram o grande refor�o do time de vendas. “Vamos at� as faculdades fazer an�ncios para atrair esses estudantes que, de f�rias, querem ganhar um dinheiro extra”, conta Cleonice que j� estima a abertura de cerca de 200 vagas para o Natal somente no shopping, volume menor do que no ano passado, justamente pela falta de pessoal no mercado.

O com�rcio n�o contava, por�m, com a greve das universidades federais, que vai atrasar o calend�rio de aulas e fatalmente comprometer� as f�rias de fim de ano – e a disponibilidade – dos alunos. A estudante de engenharia da UFMG Adriana Mendes Ferreira trabalhou como tempor�ria em 2011 e pretendia repetir a dose este ano, mas mudou os planos. “A engenharia deve voltar �s aulas s� no final de setembro e n�o devemos ter f�rias em dezembro. Por isso, n�o acho que consiga trabalhar, apesar de querer muito”, lamenta. O mesmo cen�rio se repete entre os colegas.

Com expectativa de abrir 1 mil vagas para o per�odo, o Grupo Selpe, especializado em recrutamento, j� come�a a fechar contratos para iniciar as contrata��es. “As empresas precisam de um prazo mais dilatado para sele��o e quanto menor a disponibilidade de m�o de obra, mais cedo elas t�m come�ado a procura”, afirma o diretor do Grupo Selpe, Glaucus Botinha. Os principais cargos oferecidos s�o de vendedor, caixa, estoquista e operador de call center. Os sal�rios variam entre R$ 800 e R$ 2 mil, de acordo com a fun��o e o percentual de comiss�o. “Os contratos s�o de 45 a 60 dias, em m�dia”, afirma Botinha.

Outras 1 mil pessoas devem ser selecionadas nas 400 lojas do BH Shopping, que tamb�m j� come�a os preparativos. “Hoje, temos 5 mil funcion�rios. Esse quadro aumenta em 20% para o Natal”, estima o superintendente do centro de compras, Durleno Rezende. No DiamondMall, o volume deve chegar a quase 600 tempor�rios em todas as lojas. “A administra��o tamb�m contrata. A expectativa � de aumentar em 10% o quadro de 300 funcion�rios”, calcula a superintendente do shopping, L�via Paolucci.

De porta em porta


Al�m de ficar atento aos sites de recrutamento, os interessados j� podem distribuir os curr�culos diretamente nas lojas. “J� estamos captando. Nas seis lojas da rede devemos abrir 100 vagas”, estima o gerente da loja Taco System no BH Shopping, Bruno Ferreira de Souza. S�o poucas as que exigem experi�ncia na �rea, boa oportunidade para quem est� a procura do primeiro emprego.

Urg�ncia � maior nos brinquedos

Com mais urg�ncia que o restante do varejo, as lojas de brinquedos correm contra o tempo para contratar at� o in�cio de outubro, quando come�am as vendas para o Dia das Crian�as. Segundo o diretor comercial da B-Mart, Edson Salles, a dificuldade de recrutamento � grande, especialmente nas lojas mineiras. “No estado, a contrata��o est� mais lenta que nos demais. Os tempor�rios j� est�o come�ando a trabalhar”, afirma Salles.

A baixa taxa de desemprego na capital est� entre as principais justificativas para a lentid�o nas contrata��es. “Somado ao fato de que as pessoas n�o querem trabalhar no per�odo da noite e nos fins de semana”, acrescenta. A PBKids tamb�m est� em fase de contrata��o para preencher as 100 vagas que ser�o abertas no Brasil.

A disponibilidade est� entre os principais requisitos para a contrata��o, juntamente com a facilidade de lidar com o p�blico. As taxas de efetiva��o s�o altas e podem chegar a 40% no caso da B-Mart e do BH Shopping. “Em fun��o at� da escassez de m�o de obra, os tempor�rios acabam tendo muitas chances de serem contratados”, pondera a superintendente do DiamondMall, L�via Paolucci.

Vendedor da loja Taco no BH Shopping, Bruno Coelho foi efetivado no Natal de 2010 e j� galgou cargos mais elevados. “Hoje sou vendedor respons�vel, o que significa que tenho que ficar atento � organiza��o da loja e, quando o gerente n�o est�, assumo no lugar dele”, conta. Para ele, o trabalho tempor�rio n�o deve ser encarado com desd�m. “Eu entrei sabendo que ficaria desde o in�cio. Para isso, � preciso mostrar agilidade porque � corrido”, alerta. (PT)


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