A poupan�a continuar� sendo a principal fonte do funding para o cr�dito imobili�rio nos pr�ximos anos, avaliou J�lio Cesar Carneiro, chefe adjunto do Departamento de Normas do Banco Central. Segundo ele, a capta��o da poupan�a n�o foi afetada pela mudan�a ocorrida recentemente na remunera��o da caderneta. "A popula��o entendeu bem a medida e os dep�sitos cresceram. A poupan�a ser� a principal fonte do cr�dito por um bom tempo", disse nesta quinta-feira durante semin�rio promovido pela Associa��o Brasileira das Entidades de Cr�dito Imobili�rio e Poupan�a (Abecip).
O executivo do Banco Central observou que entre maio e agosto de 2012, meses seguintes �s altera��es na remunera��o, a capta��o da poupan�a totalizou R$ 23,1 bilh�es no Pa�s. O montante � bem superior ao registrado no mesmo per�odo do ano passado, de R$ 7 2 bilh�es.
Ele ponderou, no entanto, que � necess�rio fomentar o desenvolvimento de outros instrumentos para compor o funding do cr�dito imobili�rio, que segue em rota de crescimento. "Se temos que incentivar o cr�dito imobili�rio entre institui��es de menor porte, esses instrumentos t�m que ser trabalhados", afirmou, referindo-se �s Letras de Cr�dito Imobili�rio (LCI), Certificados de Receb�veis Imobili�rios (CRI), entre outros. Carneiro acrescentou que est� em avalia��o no Banco Central a cria��o de covered bonds, que s�o t�tulos com lastro nos financiamentos imobili�rios. O instrumento, por�m, ainda n�o tem data para chegar ao mercado.
Para Carneiro, o mercado imobili�rio brasileiro est� fundamentado em bases s�lidas, com baixa inadimpl�ncia e atendendo em grande parte as recomenda��es internacionais. Para ele, entretanto, faltam indicadores sobre cr�dito imobili�rio, origina��o dos recursos e pre�os dos im�veis. O executivo disse que est� em estudo por outras institui��es a cria��o de um �ndice de pre�os. Atualmente, h� apenas o �ndice Fipezap, realizado pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe) a partir de an�ncios no site Zap, e n�o de neg�cios fechados.
O executivo tamb�m afirmou que existe uma tend�ncia de relaxamento das exig�ncias para concess�o de cr�dito � medida que cresce o volume de financiamentos. Segundo Carneiro, � preciso seguir verificando a renda dos mutu�rios e seus limites de endividamento com o objetivo de evitar complica��es nos pagamentos. A inadimpl�ncia do setor est� decrescente.