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Estado de Minas

Redu��o do IPI pode virar armadilha para compradores

Redu��o do IPI deixou pre�os de carros, m�veis e eletrodom�sticos convidativos, mas todo cuidado � pouco ao assumir presta��es a juros altos, pois podem virar bola de neve


postado em 23/09/2012 08:12

Comprar s� porque est� mais barato pode n�o ser um bom neg�cio. Com a decis�o do governo de prorrogar a redu��o do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros, m�veis e eletrodom�sticos da linha branca – fog�es, geladeiras, m�quinas de lavar e tanquinhos –, os consumidores sentem-se muitas vezes tentados a fazer mais uma d�vida para adquirir o objeto de desejo. Portanto, a primeira pergunta que se deve fazer �: realmente essas compras por meio de d�vidas valem a pena?

Ricardo Pereira, consultor financeiro do programa Consumidor Consciente, da Mastercard, alerta que, antes de mais nada, o consumidor deve procurar analisar a urg�ncia e a necessidade da compra. A aquisi��o do carro novo j� estava nos planos? A geladeira realmente precisa ser trocada? Tem espa�o no or�amento para mais uma presta��o longa? N�o se pode esquecer que hoje, segundo c�lculos do Banco Central, 43% da renda das fam�lias est�o comprometidos com d�vidas e juros.

"Todo novo compromisso a ser assumido implica em um planejamento financeiro", avisa Pereira, que acrescenta: � preciso ter cautela na hora de consumir para n�o sair por a� comprando desenfreadamente e, logo depois, se dar conta de que est� superendividado. "Com a redu��o das taxas de juros e os demais incentivos dados pelo governo, como o corte do IPI, as fam�lias est�o mais do que motivadas a gastar. O consumo irrespons�vel, no entanto, leva �s d�vidas e, em pouco tempo, � inadimpl�ncia", observa.

Mesmo tendo enorme vontade de passear, exibindo o carro novo, ou apresentar para a fam�lia e amigos a cozinha toda renovada, com eletrodom�sticos de �ltima gera��o, � preciso saber p�r o p� no freio. " S� porque o pre�o caiu n�o quer dizer que todo mundo precisa de um eletrodom�stico novo. A compra de geladeira e fog�o, itens relativamente caros, implica em alguns c�lculos: quantidade e valor das parcelas, al�m dos juros embutidos nos financiamentos, por exemplo. Isso � essencial para saber se o pre�o do bem cabe no or�amento. Acima de tudo, respeite seu limite financeiro e planeje as suas compras", aconselha o consultor da Mastercard.

Pereira sabe que muitas pessoas agem na base do impulso, olhando apenas se o valor da parcela do carro ou do eletrodom�stico novo cabe no or�amento. "Se a pessoa tem outros bens comprados a prazo � bom lembrar que as parcelas do produto rec�m-adquirido se somar�o �s mensalidades das aquisi��es anteriores", avisa. Por isso, � preciso fazer uma verdadeira planilha, somando todos os d�bitos e as despesas correntes para ter condi��es de verificar se ainda existe espa�o na renda familiar. Comprar n�o � problema. O risco � n�o poder pagar e ir parar na lista dos devedores do Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC).

Um erro comum na aquisi��o de um carro, por exemplo, � o consumidor levar em conta apenas o valor da presta��o, esquecendo-se de que precisar� pagar seguro e impostos, al�m dos gastos mensais com estacionamento e combust�vel. " As despesas com a manuten��o mensal do ve�culo chegam a representar uma outra presta��o", garante Pereira.

Empr�stimos

O mesmo argumento usado para aconselhar os consumidores com rela��o � queda do IPI vale para os empr�stimos, cujas taxas v�m caindo m�s a m�s e s�o alardeadas pelas institui��es financeiras. " S� porque os juros ca�ram voc� vai pegar um empr�stimo?", questiona o consultor do programa Consumidor Consciente.

Ele lembra que, mesmo com a recente baixa, os juros banc�rios no Brasil ainda s�o muito elevados. Pegar um empr�stimo pessoal de R$ 1 mil , por exemplo, com taxa na faixa de 50% ao ano, significa simplesmente pagar R$ 500 a mais no per�odo. N�o � pouca coisa. O financiamento � v�lido e deve ser buscado pelo consumidor para pagar d�vidas mais altas, como as do cheque especial ou do cart�o de cr�dito, que custam at� 600% anuais.

"Se o consumidor est� pendurado no cheque especial ou no rotativo do cart�o, deve procurar op��es mais baratas de cr�dito", observa Pereira. Entre as modalidades com melhores taxas oferecidas pelo mercado est� a do cr�dito consignado (com desconto em folha), em torno de 28% ao ano. Para o consultor, os consumidores devem aprender a economizar e a poupar para comprar � vista. "O consumo n�o pode ser baseado somente em d�vidas", alerta.


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