O grupo israelense BSG Resources, s�cio da Vale na �frica, procura advogados no Brasil para processar o banqueiro Andr� Esteves, do BTG Pactual, e o empres�rio Roger Agnelli, ex-presidente da mineradora. O motivo � uma negocia��o em curso para que o banco e Agnelli passem a assessorar o governo da Guin�, na costa oeste da �frica, sobre o destino da mina de Simandou, a maior reserva inexplorada de min�rio de ferro do mundo.
Embora formalmente a negocia��o gire em torno de assessoria financeira e estrat�gica, os israelenses temem que o acordo seja abrangente o suficiente para que BTG e Agnelli tenham influ�ncia sobre todas as opera��es em Simandou - incluindo os direitos de explora��o da VBG, joint venture entre BSG e Vale, na regi�o. O min�rio em Simandou, estimado em 5,5 bilh�es de toneladas m�tricas, n�o fica longe em tamanho do complexo da Vale em Caraj�s, no Par�, com 7,4 bilh�es de toneladas.
O presidente do BSG, Asher Avidan, est� no Brasil desde quarta-feira e deve ir embora neta segunda-feira. Ele disse que j� conversou com quatro grandes escrit�rios de advocacia e que pretende convencer a Vale a ser coautora na a��o junto com ele. "O BTG e Agnelli chegaram pela porta de tr�s. Est�o negociando com Alpha Mohamed Cond�, filho do presidente da Guin� (Alpha Cond�)."
O poss�vel processo promete esquentar ainda mais a disputa pelas riquezas localizadas em um dos pa�ses mais pobres do mundo, com mais de 60% de analfabetismo e renda per capita equivalente a um d�cimo da brasileira.
Profissionais ligados ao BTG e a Agnelli afirmam que o BSG estaria equivocado, porque a proposta de consultoria se refere a uma �rea de Simandou pertencente � mineradora australiana Rio Tinto. "A proposta (do BTG) no in�cio de julho falava sobre tudo em Simandou, e n�o apenas do lado da Rio Tinto", diz Avidan. "Sen�o, n�o haveria motivo para comprar essa briga."