
Nesse sentido, Dilma est� pronta para dizer �s demais na��es que sem estabilidade econ�mica e paz n�o haver� o sonhado desenvolvimento sustent�vel, tema da Rio+20, de onde saiu um documento considerado t�mido do ponto de vista dos ambientalistas. O desenvolvimento sustent�vel, ali�s, ser� o grande nicho que permear� todo o discurso da presidente, uma vez que esse tema vai muito al�m da defesa do meio ambiente e perpassa a economia, assunto que ela considera fundamental para tratar na Assembl�ia da ONU.
Na vis�o da presidente, a solu��o da crise europeia requer uma receita um pouco diferente do que vem sendo feita. Afinal, as medidas de conten��o adotadas travaram as economias de v�rios pa�ses. Espanha e Portugal, por exemplo, permanecem em dificuldades. E, diante da inesgot�vel turbul�ncia na Europa, � imposs�vel prever por quanto tempo os pa�ses emergentes aguentar�o o tranco.
Logo nas primeiras horas da manh�, em Nova York, Dilma chamou os ministros para trocar ideias sobre o discurso que far� amanh�, na ONU, e o roteiro nova-iorquino. Ela queria saber tamb�m a respeito do encontro entre o ministro de Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, e a presidente eleita da Uni�o Africana, Nikososana Zuma. Zuma, que, segundo diplomatas brasileiros, foi incisiva ao falar da sua esperan�a de ver o Brasil liderando essa busca pelo multilateralismo econ�mico e pol�tico. Os pa�ses africanos, assim como o Brasil, tamb�m desejam um posto no Conselho de Seguran�a da ONU, que at� hoje n�o veio.
Os encontros bilaterais da presidente ainda n�o foram fechados. At� ontem � tarde estava previsto apenas que ela teria um encontro com o secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon. Com ele e Dilma participa ainda o presidente da Federa��o Internacional de Automobilismo (Fia), Jean Todt, que atualmente lidera uma campanha de seguran�a no tr�nsito. Nesse encontro, est� prevista a participa��o de Emerson fittipaldi.
REENCONTRO COM MERKEL Amanh�, Dilma deve passar a toda a manh� no plen�rio da ONU. Ela j� manifestou interesse em acompanhar o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. A possibilidade de uma conversa privada entre Dilma e Obama voltou � pauta da viagem, mas at� ontem n�o havia sido confirmada. A passagem de Obama por Nova York deve ser r�pida por conta da campanha pela reelei��o.
N�o est� descartado ainda um encontro de Dilma com a chanceler alem�, �ngela Merkel. No �ltimo encontro entre as duas, em Berlim, no ano passado, Dilma criticou as medidas adotadas pelo governo alem�o para conter a crise europeia. Merkel n�o gostou das cr�ticas da presidente brasileira. Agora, em Nova York, ser� a oportunidade de desanuviar o ambiente entre as duas.
37 bilh�es de euros
A Fran�a precisa de um total de 37 bilh�es de euros em economia no or�amento para cumprir a meta de d�ficit de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) no pr�ximo ano, incluindo cerca de 7 bilh�es de euros em impostos aprovados este ano, disse ontem o ministro das Finan�as franc�s, Pierre Moscovici. O governo e o �rg�o de auditoria do Estado haviam dito que seriam necess�rios cerca de 30 milh�es de euros em economia no or�amento do pr�ximo ano."N�o s�o 30 mil milh�es de euros, s�o 37 bilh�es", afirmou Moscovici.
"Liberdade" pelas ruas de Nova York
Nova York - Por volta do meio-dia, a presidente Dilma Rousseff sai do hotel e entra no carro. Junto, os ministros do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio, Fernando Pimentel; o de Educa��o, Aloizio Mercadante; de Comunica��o, Helena Chagas; e o chanceler Antonio Patriota, al�m do assessor especial Marco Aur�lio Garcia. A van sai em disparada. Tr�s quadras depois, ela ordena: “Pode parar aqui. Agora, estou livre. Vou a p�”. E l� foi ela.
Dilma desembarcou em Nova York, �s 6h30 de ontem, contando os minutos para aquele passeio. Ali, a presidente faz jus � imagem da est�tua mais famosa do planeta, a da Liberdade. “Para quem passa o dia trancada em reuni�es, dentro de casa, carros e seguran�as, poder caminhar livremente pelas ruas � a maior divers�o”, comentou ela com um assessor.
A presidente caminhou pelo Central Park, andou pela 6ª e pela 5ª avenidas. Seu grupo poderia ser confundido com qualquer outro da cidade. A seguran�a a seguiu a dist�ncia. Ao lado dela, s� mesmo o general Amaro, acostumado �s escapadas presidenciais em Nova York. Os demais seguran�as ficaram � paisana, reconhecidos apenas pelos pontos que carregam nos ouvidos.
Com essa apar�ncia de turista comum, Dilma, entretanto, n�o conseguiu fugir do ass�dio dos brasileiros. Distribuiu aut�grafos, abra�os e posou para fotografias, feliz e simp�tica diante da aprova��o pela classe m�dia alta que visita a meca do consumo. O ministro da Educa��o, Aloizio Mercadante, teve seu momento de pop star ao ser reconhecido por um grupo de paulistas que fez quest�o de cumpriment�-lo.
CAMINHADA Dilma, Mercadante, a filha dela, Paula, que tamb�m a acompanha na viagem, e os demais ministros almo�aram no caf� Boulou. Fez quest�o de voltar caminhando para o hotel St. Regis, na Rua 55, onde est� hospedada. Ao chegar, se recolheu para mexer novamente no discurso e descansar. O que ela mais ama na Assembleia Geral da ONU � a liberdade do domingo nas ruas da cidade. (DR)

Quando Daniel McCune graduou-se na universidade h� tr�s anos, ele acreditava que suas boas notas lhe renderiam um emprego como analista de intelig�ncia no governo. Com um diploma em Servi�os e Hist�ria do Governo da Universidade de Liberty, no estado de Virginia, McCune enviou seu curr�culo para a Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA, na sigla em ingl�s), para o Escrit�rio Federal de Investiga��o (FBI, na sigla em ingl�s) e para outras ag�ncias. Mas ap�s uma longa busca que resultou em apenas duas entrevistas, o jovem de 26 anos de idade jogou a toalha em outubro passado, juntando-se a milh�es de norte-americanos frustrados que abandonaram a procura por um emprego.
"N�o h� nada l� fora e provavelmente n�o haver� nada por um tempo", disse McCune, de New Concord, Ohio. Ele voltou � sua cidade natal para viver com seus pais, que o est�o ajudando a quitar sua d�vida universit�ria de cerca de US$ 20 mil.
Economistas, analisando dados do governo, estimam que a for�a de trabalho norte-americana conta com 4 milh�es de pessoas a menos em rela��o a dezembro de 2007, principalmente devido a uma falta postos de trabalho e n�o ao envelhecimento regular da popula��o dos EUA. O tamanho dessa diferen�a destaca a severidade da crise de desemprego. Se todas essas pessoas tivessem permanecido na for�a de trabalho, a taxa de desemprego de agosto, de 8,1%, teria sido de 10,5%.
DESAFIO A crise de desemprego levou o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, a lan�ar na semana passada um novo programa de compra de b�nus e a prometer dar continuidade a ele at� que o mercado de trabalho melhore. A crise tamb�m representa um desafio para a tentativa de reelei��o do presidente Barack Obama. A taxa de participa��o da for�a de trabalho, ou a propor��o de norte-americanos com idade para trabalhar que t�m um emprego ou est�o procurando por um, caiu 2,5% desde dezembro de 2007, caindo ao menor patamar em 31 anos, a 63,5%. A economia perdeu 8,7 milh�es de postos de trabalho entre 2007 e 2009 e recuperou, at� agora, pouco mais de metade disso.