O consumidor voltou a demonstrar inten��o em adquirir bens dur�veis, segundo o �ndice de Confian�a do Consumidor (ICC), divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Get�lio Vargas (Ibre/FGV). O indicador que mede as expectativas de compras de bens dur�veis avan�ou 0,8% na passagem de agosto para setembro. Esta � a primeira alta desde maio deste ano (2,4%), na s�rie com ajuste sazonal.
"O resultado est� bem em linha com o que est� acontecendo com a atividade econ�mica. O consumidor estava mais cauteloso, mas come�a a adquirir seguran�a e a pensar em retomar as compras", disse a coordenadora t�cnica da Sondagem, Viviane Seda.
Em setembro, o ICC voltou a crescer, passando de -1% para 1,4%, na compara��o com o m�s anterior. Desta vez, foi o otimismo com o mercado de trabalho o respons�vel pela melhora da percep��o do consumidor sobre a situa��o econ�mica atual, item que mais influenciou a alta do �ndice geral. O ICC � composto pelo �ndice de Situa��o Atual (ISA), que cresceu 2,2% de agosto para setembro, e pelo �ndice de Expectativas (IE), que avan�ou 1,8%, no mesmo per�odo.
"O mercado de trabalho se manteve est�vel durante um per�odo de atividade econ�mica fraca. Agora, com a cren�a na melhora da economia, o consumidor acredita tamb�m na gera��o de emprego, na cria��o de postos de trabalho", interpretou Viviane. A avalia��o do consumidor sobre a situa��o atual da economia local avan�ou 2 2% de agosto para setembro, ante queda de 3,4% no m�s anterior, considerando a mesma base de compara��o.
Entretanto, a avalia��o sobre a situa��o financeira atual da fam�lia caiu 0,2% em setembro ante o m�s anterior. Em agosto, o mesmo item j� havia ca�do 0,2%. A interpreta��o da FGV � de que as fam�lias com renda mais baixa sentem a infla��o dos pre�os dos alimentos e est�o com os seus or�amentos ainda comprometidos por d�vidas passadas, o que acaba influenciando para baixo o �ndice. "O ICC teria avan�ado mais n�o fosse o pessimismo com a infla��o dos alimentos", disse a economista da FGV.
A preocupa��o com a infla��o derrubou tamb�m a taxa que mede as expectativas em rela��o �s finan�as familiares, que caiu 1,4% de agosto para setembro, ap�s alta de 0,4% no m�s anterior. Mais uma vez, prevaleceu o pessimismo entre as fam�lias com renda de at� R$ 2,1 mil mensais. Neste grupo de consumidores, o �ndice de Expectativa recuou 1,1% de agosto para setembro, enquanto o �ndice de Situa��o Atual avan�ou 3,3%.