
Dentro de um longo rito previsto pelo regulamento da ag�ncia, todas as informa��es colhidas at� agora ter�o de ser conferidas em novas inspe��es sem localiza��o pr�via para manter o fator surpresa. Sem querer dar detalhes sobre a gravidade dos mesmos “ind�cios de irregularidades” que viu na sexta maior companhia do setor, a diretoria do �rg�o apenas acrescentou que o Departamento de Controle do Espa�o A�reo (Decea) foi sobreavisado dos fatos para poder "tomar provid�ncias", como "respons�vel pelo controle do tr�fego a�reo".
Nos �ltimos dias circularam informa��es de que a Anac fora notificada sobre o uso de uma t�cnica de pouso de "alto risco", confirmada ap�s uma verifica��o in loco feita nos aeroportos de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Crici�ma (SC) e Joinville (SC). A infra��o nesses respectivos voos estaria registrada em documento da ag�ncia com data de 27 de agosto.
A evid�ncia desse problema teria sido ainda refor�ada por anota��es de pilotos da Trip sobre as alturas m�nimas para pouso com o uso da t�cnica de aproxima��o por instrumentos em 15 aeroportos onde o procedimento � proibido pelo Decea.
Investiga��o
A Trip, que tem sede em Campinas (SP) e est� em processo de fus�o com a Azul, informou por meio de nota que dar� "total coopera��o" � investiga��o da Anac. "A companhia est� colaborando para que a Anac e demais autoridades aeron�uticas trabalhem com absoluto rigor e total transpar�ncia para fazer da avia��o brasileira uma atividade cada vez mais segura", prometeu.
Em rela��o �s suspeitas de neglig�ncia com a seguran�a operacional, a empresa ressaltou que atendeu todas as recomenda��es feitas anteriormente pela ag�ncia, de modifica��es referentes aos procedimentos de aproxima��o irregulares, conhecidos como RNAV Approach. "A Trip sempre se pautou, ao longo de mais de 14 anos de atividade, pela seriedade com a seguran�a em suas opera��es, refletida nos elevados �ndices de seguran�a operacional alcan�ados", acrescentou.
A Anac cobrou, contudo, a ado��o imediata de medidas preventivas para garantir opera��es seguras. Neste sentido, a ag�ncia avisou que os trabalhos de suas equipes de fiscaliza��o ser�o realizados nos locais que julgar necess�rio. O relat�rio final sobre os ind�cios s� ser�o divulgados ao fim do processo administrativo. Enquanto isso, eventuais acidentes podem ser uma confirma��o mais r�pida dos riscos apontados pela pr�pria ag�ncia.
Fus�o com a Azul
As companhias a�reas Azul e Trip assinaram um acordo de associa��o em 28 de maio e v�m realizando mudan�as de comando e estudos sobre compartilhamento de atividades. Se sua uni�o for aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econ�mica (Cade) e pela Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil (Anac), elas passar�o a atuar sob a holding Azul Trip S/A. A nova companhia a�rea ser� a terceira maior do mercado brasileiro e vai operar com cerca de 800 voos di�rios, com 99 destinos e 249 localidades atendidas.