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Estado de Minas

Setor de servi�os passou ileso � turbul�ncia global


postado em 27/09/2012 06:00 / atualizado em 27/09/2012 07:38

Tarcílio Vieira, sócio de restaurante, diz que resultados são animadores(foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Tarc�lio Vieira, s�cio de restaurante, diz que resultados s�o animadores (foto: Marcos Michelin/EM/D.A Press)
Ao contr�rio da ind�stria nacional, que ainda sente os efeitos da crise financeira global com a produ��o e o faturamento aqu�m dos registrados h� quatro anos, o setor de servi�os n�o financeiros pegou carona no aumento da renda m�dia do brasileiro e cresce num ritmo semelhante ao anterior � recess�o mundial. � o que revelou a Pesquisa Anual de Servi�os (PAS), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O estudo mostra que a receita operacional l�quida desse segmento atingiu R$ 869,3 bilh�es. O volume, referente a 2010, corresponde a aumento de 11%, acima dos 6,4% apurados em 2009 e pr�ximo ao obtido em 2008 (11,4%).

Em Minas, onde a cifra alcan�ou R$ 73 bilh�es, o salto foi de 14% no confronto com 2009 e representou uma fatia nacional de 8,4%. “O setor de servi�os no Brasil sofre menos com a crise. Boa parte do aumento de alguns segmentos est� relacionado ao pr�prio crescimento da renda e da popula��o, como o de educa��o, o de sa�de, o de servi�os pessoais”, avalia Ant�nio Braz, t�cnico do IBGE.

A evolu��o na receita operacional l�quida no estado foi acompanhada pela alta de 4,7% no n�mero de empresas. Quase 5,3 mil empreendimentos abriram as portas no estado entre 2009 e 2010, com o indicador passando de 111,5 mil unidades para 116,8 mil firmas. No total, 10,6 milh�es de homens e mulheres est�o empregados no setor em Minas. Os n�meros, como j� era esperado, foram liderados pelo ramo de alojamento e alimenta��o (bares e restaurantes), considerado o principal grupo da pesquisa. Para se ter ideia, esse segmento gerou R$ 5,3 bilh�es de receita no estado e
R$ 69,5 bilh�es no pa�s.

Um dos motivos desse crescimento � o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, com mais fam�lias almo�ando fora de casa nos fins de semana. O mesmo ocorre nos dias �teis, devido � redu��o do �ndice de desemprego em rela��o aos �ltimos anos. Tanto que, no caso dos restaurantes, a falta de m�o de obra qualificada � o maior entrave a um avan�o ainda maior. No tradicional Baby Beef, fundado em 2002 e onde trabalham 110 pessoas, o diretor da casa, Eduardo Borba, revela que o faturamento anual do empreendimento sobe cerca de 15% ao ano.

Os donos do empreendimento estudam inaugurar uma filial na Regi�o Centro-Sul da capital. “Acreditamos que h� espa�o para mais uma unidade. Nosso custo x benef�cio � o nosso forte entre as churrascarias de Belo Horizonte. A economia brasileira vai bem e tem refletido no setor gastron�mico”, diz Borba. Os propriet�rios do restaurante O Conde tamb�m planejam abrir uma filial. “A nova casa pode demandar um investimento parecido ao da primeira unidade (R$ 1,8 milh�o) inaugurada em julho. O mercado est� aquecido. As pessoas gastam cada vez mais. Os resultados est�o nos animando a expandir os nossos neg�cios”, diz Tarc�lio Vieira, um dos s�cios do O Conde.

O grupo que mais empregou pessoas foi o de servi�os profissionais, administrativos e complementares (limpeza, faxina, portaria etc), com 398,3 mil pessoas, gerando a maior massa de sal�rios (R$ 5,2 bilh�es) no estado. Nesse grupo, o total de vagas cresceu 13,5%. J� o de empresas foi ampliado em 5,9%, 33,2 mil unidades. No pa�s, segundo o IBGE, o segmento gerou R$ 166,5 bilh�es de valor adicionado (32,6%), pagou R$ 61,2 bilh�es em sal�rios (35,5%) e empregava 4,3 milh�es de pessoas.

 

Boa onda imobili�ria

 

A receita operacional l�quida das atividades imobili�rias, como venda e aluguel de im�veis pr�prios, obteve bom desempenho: aumento de 33,7%, de R$ 1,179 bilh�o para R$ 1,577 bilh�o. A quantidade de empresas nesse ramo subiu 11%, de 2,644 mil para 2,937 mil. “O setor cresceu bastante nos a�ltimos anos, embora, desde o fim de 2010, esteja passando por um momento de acomoda��o. O mercado imobili�rio na capital mineira fechou o ano passado com uma valoriza��o m�dia de 23,62%, contra 22,67% em 2010. O volume financeiro movimentado pelo setor cresceu 21,6% e, apesar de o n�mero de transa��es tenha ca�do, o valor dos im�veis cresceu”, avalia Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da C�mara do Mercado Imobili�rio e Sindicato das Empresas do Mercado Imobili�rio de Minas Gerais (CMI/Secovi).

Ele lista alguns motivos para os bons resultados: “Um deles � o resgate de todo o mercado imobili�rio, que tinha ficado sacrificado pelas d�cadas de depress�o econ�mica do pa�s, e com a estabiliza��o monet�ria encontrou momento prop�cio ao crescimento”. Tamb�m h� queda das taxas de juros, boa oferta de financiamentos e demanda por im�veis de baixa e m�dia rendas ainda expressiva.

O diretor-executivo da Rede Imvista, Patrick Costa, faz quest�o de atribuir � nova classe m�dia parte dos indicadores satisfat�rios do mercado. “O mercado imobili�rio mineiro cresceu muito gra�as � nova classe m�dia, que tem melhor poder aquisitivo, incentivos ao cr�dito e uma grande oferta de empreendimentos para o seu perfil. Por causa disso, 60% das nossas vendas s�o para esse p�blico. Entre 2010 e 2011, por exemplo, o crescimento nos neg�cios foi de 40%.”

O servi�o de hotelaria tamb�m anda em alta, como pode ser indicado por v�rios empreendimentos em constru��o em todo o estado. A americana Rede Super 8, por exemplo, pretende erguer 200 hot�is no pa�s nos pr�ximos 10 anos, sendo 30 em Minas. Um deles come�ou a ser erguido, em Lagoa Santa, na Grande Belo Horizonte, no in�cio do m�s. Ser�o 100 apartamentos – 16,2 metros quadrados cada – ao custo de R$ 150 milh�es, valor suficiente, acredita a dire��o do grupo, para gerar 260 empregos diretos.

“O setor vive momento de oportunidade dada a fraca infraestrutura hoteleira do pais. Estamos atr�s das cidades de m�dio porte, cujos investimentos t�m aumentado a cada ano, gerando demanda de viajantes de neg�cios em busca de uma hotelaria eficiente e moderna”, justifica Dan Fonseca, presidente do cons�rcio EmCorp, que se uniu � Wyndham Hotel Group e ao grupo BR INNs para erguer os novos hot�is. (PHL)


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