Embora a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) tenha revisado para zero a proje��o de crescimento do setor como um todo em 2012, a produ��o da ind�stria da transforma��o deve cair 1,9% este ano. A queda s� n�o ser� generalizada porque as ind�strias extrativa e da constru��o civil devem se expandir 2%, cada uma, no per�odo.
"A ind�stria vai ficar estagnada porque a recupera��o que a gente esperava no come�o do ano n�o aconteceu. O processo de ajustamento dos estoques est� perto do fim, ent�o o setor deve mostrar rea��o mais forte nos pr�ximos meses", avaliou o economista da CNI, Marcelo de �vila.
Segundo ele, a previs�o da entidade para o crescimento do PIB do Pa�s caiu para 1,5% - inferior at� que a expans�o de 1,6% estimada nesta quinta-feira pelo Banco Central - devido �s perspectivas de queda do PIB agropecu�rio de 2,5%, pelo lado da oferta, e dos investimentos em 1,5%, pelo lado da demanda. "Com a estagna��o da ind�stria, o crescimento no setor de servi�os e a manuten��o do consumo das fam�lias e do governo s�o os fatores que t�m mantido expans�o da economia", completou.
J� o gerente-executivo de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, afirmou que os investimentos podem ser retomados j� no come�o de 2013. "Os investimentos dependem da confian�a dos empres�rios, portanto podem se recuperar antes mesmo que as medidas tomadas pelo governo nos �ltimos meses, sobretudo a de redu��o do custo da energia, ganhem f�lego", explicou.
Para ele, no entanto, um agravamento da crise internacional poderia comprometer esse movimento de retomada. "A crise � longa e, se piorar muito, vai afetar o Brasil principalmente nas exporta��es, mas pode haver cont�gio pelo lado do fluxo financeiro tamb�m", concluiu.