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Estado de Minas

Cameron e Dilma discutem acordo Mercosul-Uni�o Europeia


postado em 28/09/2012 20:06

Em uma cruzada para aumentar o com�rcio com o Brasil, o primeiro-ministro da Gr�-Bretanha, David Cameron, ressuscitou nesta sexta-feira, no encontro com a presidente Dilma Rousseff, a tentativa de um acordo de livre com�rcio entre o Mercosul e a Uni�o Europeia. Iniciada em 2000 e interrompida em 2006 por falta de qualquer tipo de avan�o, o acordo voltou � pauta, agora com europeus muito mais interessados do que h� 12 anos.

"A presidente Dilma e eu mandamos uma clara mensagem sobre nossa determina��o de apoiar o com�rcio. N�s concordamos em resistir ao protecionismo e intensificar nossos esfor�os para atingir um acordo de livre com�rcio entre o Mercosul e a Uni�o Europeia que poderia gerar um 45 bilh�es de libras (R$ 147 bilh�es) em exporta��es para a Uni�o Europeia", afirmou o primeiro-ministro na declara��o � imprensa depois do encontro com Dilma.

Na sua declara��o, a presidente n�o tratou do acordo. Ao falar de economia, apenas relatou que conversou com Cameron sobre a crise internacional e que reiterou ao primeiro-ministro a necessidade de que sejam ampliados os esfor�os para recupera��o econ�mica da Europa. "O Brasil tem feito a sua parte quando desenvolve incentivos para o crescimento de empregos e � demanda dom�stica. E fiz ver ao primeiro-ministro que, em plena crise, temos aumentado as nossas importa��es", afirmou Dilma.

O assunto, no entanto, j� havia sido levantado pelo presidente da Uni�o Europeia, Dur�o Barroso, em um encontro com Dilma em Nova York, durante a Assembleia Geral das Na��es Unidas, na �ltima segunda-feira. Barroso prometeu vir ao Brasil para tentar acelerar as negocia��es.

A tentativa de retomar o acordo surge quando, em plena crise econ�mica mundial e com seus mercados internos em recess�o, os europeus tentam de todas as formas abrir mercado para seus produtos. Boa parte da visita de Cameron ao Brasil girou em torno da necessidade de aumentar o com�rcio com o Pa�s, especialmente na via Reino Unido - Brasil.


Cautela

No entanto, o governo brasileiro v� com cautela esse s�bito interesse no acordo. H� seis anos, quando as negocia��es foram abandonadas, o maior empecilho era justamente a falta de interesse da Europa em ceder mais, especialmente na �rea agr�cola, que interessa diretamente ao Mercosul. Na �poca, quando tamb�m ainda se tentava levar adiante a Rodada Doha de abertura do com�rcio mundial, os europeus alegavam que "o bolso era um s�" e n�o podiam ceder nas duas frentes: em Doha e com o Mercosul.

Agora, a Europa v� o Mercosul como um enorme mercado consumidor onde a crise parece n�o chegar com tanta for�a. Para os sul-americanos, no entanto, � preciso ver o que os europeus pretendem oferecer agora e, principalmente, recome�ar as negocia��es internas para ver quais s�o as �reas sens�veis e que produtos poderiam ser prejudicados pela abertura dos mercados. Em 12 anos, a situa��o local de produ��o, especialmente industrial, mudou consideravelmente.

Mesmo entre os europeus, um acordo n�o � consenso. Em fevereiro deste ano, a Fran�a do ent�o presidente Nicolas Sarkozy negou que houvesse qualquer possibilidade de acordo. A resposta foi dada pelo ex-ministro da agricultura franc�s Bruno Le Maire. O temor da competi��o com a agricultura sul-americana � um dos principais entraves para a Europa. A mudan�a de governo na Fran�a e a crise que parece n�o ter fim podem ter mudado a vis�o dos franceses, mas ainda n�o h� um sinal positivo sobre isso. At� o final deste ano deve haver uma primeira reuni�o t�cnica para retomada das negocia��es.


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