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Estado de Minas TURBUL�NCIA GLOBAL

Crise econ�mica gera protestos em v�rios pontos da Europa


postado em 30/09/2012 07:22

Madri – Os europeus tiraram o s�bado para ir �s ruas protestar contra as medidas de austeridades adotadas como forma de combater a crise que se abateu sobre suas contas. Na Espanha milhares de pessoas cercaram o Parlamento em Madri para deixar claro que s�o contra os planos do governo e pedir que os l�deres pol�ticos renunciem a seus cargos. O Movimento dos Indignados foi o respons�vel pela convoca��o da multid�o. Nos cartazes, as palavras “ren�ncia” e “democracia” se juntavam ao “n�o” daqueles que insistem que os governantes “n�o nos representam”. A marcha na capital espanhola foi seguida de perto pele tropa de choque da pol�cia. A insatisfa��o � motivada principalmente pelas altas taxas de desemprego no pa�s, que atingem quase 25% da popula��o economicamente ativa e pelos aumentos de impostos.

Paralelamente, o ministro da Fazenda espanhol, Crist�bal Montoro, anunciou ontem que a d�vida p�blica espanhola alcan�ar� 85,3% do Produto Interno Bruto (PIB) ainda este ano e 90,5% em 2013. Os dois n�meros, segundo o jornal El Pa�s, s�o recordes no �ltimo s�culo, e constam do or�amento de 2013 entregue por Montoro ao presidente do Congresso, Jesus Posada.
Segundo o documento, o deficit p�blico em 2011, previsto inicialmente em 8,9% do PIB, ser� revisado para 9,44%, bem acima da meta de 6%. O de 2012 ser� de 7,4%, tamb�m mais do que os 6,3% prometidos aos seus s�cios europeus. O governo conservador sofre com a falta de credibilidade nos mercados.

A revis�o em alta das cifras coloca mais lenha na fogueira da crise e se explica pelas ajudas p�blicas aos bancos, fragilizados depois da explos�o da bolha imobili�ria em 2008, indicou o ministro. Embora o empr�stimo europeu para recapitalizar os bancos seja de 100 bilh�es de euros, no or�amento s� foram contabilizados 30 bilh�es de euros, considerados “comprometidos, mas n�o desembolsados”.
Ontem, ap�s um teste de estresse, o secret�rio da Economia, Fernando Jim�nez Latorre, disse que provavelmente ser�o pedidos 40 bilh�es de euros de ajuda. Outros motivos apontados foram a necessidade de endividamento por conta da crise econ�mica � a contribui��o do pa�s nos resgate � Gr�cia e Portugal.

O Or�amento reconhece que houve um aumento no custo m�dio da d�vida em circula��o em 2012, j� que as novas emiss�es t�m taxas de juros mais altas, dada a turbul�ncia do mercado.

Aperto futuro

O governo espanhol aprovou na quinta-feira seu projeto de or�amento 2013 marcado pela austeridade para reduzir o d�ficit p�blico, assim como um novo plano de reformas que inclui a cria��o de uma “autoridade or�ament�ria independente” para controlar suas contas. E a medida deixou a popula��o ainda mais descontente.

As finan�as do pa�s s�o particularmente acompanhadas pelos mercados, que preveem que a Espanha, quarta economia da Zona do Euro, solicite em breve um resgate financeiro aos fundos europeus.

O governo conservador, que busca economizar 39 bilh�es de euros no pr�ximo ano, est� comprometido em reduzir seu d�ficit p�blico para 6,3% do PIB em 2012, depois para 4,5% em 2013, mas sofre com a falta de credibilidade nos mercados.

Portugueses insatisfeitos

Lisboa – Muita insatisfa��o tamb�m em Portugal. Milhares de portugueses tomaram as ruas de Lisboa ontem em protesto contra as pol�ticas econ�micas do governo que devem ficar ainda mais duras para atender �s exig�ncias dos credores. Os manifestantes convergiram de v�rias dire��es para a Pra�a do Com�rcio, na Regi�o Central da cidade e reclamavam “do roubo dos sal�rios e aposentadorias”. O programa de ajuste j� teria cortado 30% dos vencimentos dos funcion�rios p�blicos e a previs�o � de que haja aumento de impostos. A manifesta��o foi organizada pelo maior sindicato do pa�s, a Confedera��o Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTB) e � o segundo protesto que toma as ruas da capital do pa�s em duas semanas.

O ministro das Finan�as, Vitor Gaspar, sinalizou que o governo anunciar� novas medidas, que incluem cortes de gastos e aumento de impostos para que sejam atingidas as metas que s�o cruciais para que Portugal receba a ajuda de 78 bilh�es de euros (US$ 101,5 bilh�es) de credores internacionais.
Ao som de apitos e tambores, os manifestantes gritavam “fora com a austeridade”, enquanto sacudiam bandeiras de sindicatos dos trabalhadores locais, professores e mesmo da pol�cia. As novas medidas de austeridade dever�o ser aprovadas pela troica. Os cortes de gastos e reformas econ�micas causaram uma recess�o no pa�s, com a economia encolhendo 1,2% no segundo trimestre, num ritmo mais r�pido do que a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no primeiro trimestre. A contra��o da economia deve atingir 3% em 2012.

Pressionado pelos protestos nas ruas, o governo portugu�s se esfor�a para defender que o ajuste fiscal em curso � a forma de recuperar a credibilidade nos mercados e voltar a receber investimentos. O ministro da Economia e do Emprego de Portugal, �lvaro Santos Pereira, afirmou que o pa�s n�o tem capacidade financeira para criar incentivos e estimular a economia, como sugerem cr�ticos.


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