
A passeata, organizada pela coliga��o Frente de Esquerda, chamou sindicalistas, simpatizantes de extrema-esquerda e outros opositores do acordo da Uni�o Europeia, dois dias antes do in�cio das discuss�es dos legisladores sobre o projeto de lei do pacto or�ament�rio na c�mara baixa do parlamento. Na ter�a-feira, o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault dever� iniciar o debate sobre o pacto fiscal na Assembleia Nacional da Fran�a. O pacto exige que os participantes inscrevam na legisla��o de cada pa�s o compromisso de limitar o d�ficit estrutural a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em circunst�ncias normais. O acordo fiscal a ser estabelecido entre os pa�ses da Uni�o Europeia prev� cortes de gastos nos estados. E a popula��o teme que as medidas afetem �reas sociais.
Apoiado por Hollande, o pacto de disciplina or�amental deve ser aprovado em ambas as casas do parlamento, gra�as ao apoio dos legisladores socialistas, ajudados pelos defensores da disciplina fiscal na oposi��o de centro-direita. Mas a vota��o exp�s fendas na colis�o governista de Hollande, com os aliados de extrema esquerda e os Verdes planejando votar contra o projeto, desafiando a autoridade do cada vez mais impopular l�der socialista.
Se Hollande tiver de contar com os advers�rios para aprovar o pacto, a vota��o pode aprofundar a brecha em sua alian�a e encorajar os aliados de esquerda, que buscam uma mudan�a de rumo, para longe da ader�ncia irrestrita �s metas europeias de d�ficit. “Para ele (Hollande), essa vota��o era apenas uma formalidade, que simplesmente teria que ser apressada”, disse Jean-Luc Melechon, um impetuoso orador esquerdista que ficou em quarto lugar em uma vota��o presidencial em abril. “Agora ele vai entender que esse n�o � o caso, que na Fran�a e no resto da Europa existe uma organizada oposi��o a esse pacto e todas suas pol�ticas de austeridade.” Ele destacou que a manifesta��o vista nas ruas ontem foi “da esquerda sob um governo de esquerda”.
Dias melhores s� em 2015
Impostos mais baixos na Fran�a, s� em 2015. Pelo menos essa � a previs�o do ministro do Or�amento da Fran�a, Jerome Cahuzac. No entanto, ele pondera que escolhas dif�ceis para corrigir um sistema de bem-estar endividado ainda s�o necess�rias.
O governo socialista apresentou um dif�cil or�amento para 2013 na sexta-feira, que imp�e taxas superiores a empresas e um imposto de 75 por cento sobre os super-ricos, mas n�o reduz os gastos p�blicos, para o desespero de empres�rios e a maioria dos economistas.
Cahuzac, o homem forte por tr�s de um or�amento que procura recuperar uma receita extra de 30 bilh�es de euros para o Estado, disse ontem que os impostos n�o subiriam em 2014 e poderiam come�ar a cair no ano seguinte, se as condi��es econ�micas permitirem.
“N�s enfrentamos dois anos dif�ceis, indiscutivelmente, muito dif�ceis”, afirmou Cahuzac em entrevista � r�dio Europe 1. "Mas n�o haver� um maior esfor�o fiscal depois disso...A partir de 2015 esperamos reduzir taxas obrigat�rias.”
Cahuzac disse que o governo permanece comprometido com meta de 0,8% de crescimento econ�mico no ano que vem, assim em como reduzir o d�ficit para 3% do PIB em 2013, reequilibrando o or�amento em 2017.
No entanto, ele alertou que a economia pode n�o se tornar mais competitiva at� que a Fran�a adote escolhas dif�ceis sobre como seu sistema de bem-estar � financiado, com sacrif�cios necess�rios para levar o pa�s a alcan�ar a maior pot�ncia europeia, a Alemanha.
E mais…
Renault faz contas
A fabricante francesa de ve�culos Renault est� considerando o fechamento completo de f�bricas por causa da m� situa��o do mercado automotivo europeu, afirmou o presidente operacional da montadora, Carlos Tavares, a um jornal alem�o. “Estamos atualmente falando com os sindicatos e explicando a eles qu�o grande s�o as lacunas em nossa competitividade”, disse ao jornal alem�o de neg�cios Automobilwoche. “Temos um problema de competitividade na Europa ocidental e na Fran�a”, acrescentou.
Cortes na Nippon Steel
O presidente da Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp disse que a companhia, que surgiu recentemente formando a segunda maior sider�rgica do mundo, vai fazer mais cortes de custos em uma tentativa de combater a queda no pre�o do metal. A empresa de US$ 22,45 bilh�es foi formada no �ltimo ano ap�s ambas companhias registrarem quedas nos lucros por v�rios anos, resultado de um yen forte e da competi��o com concorrentes asi�ticos. A nova companhia estreia hoje na bolsa de T�quio e seu presidente-executivo, Shoji Muneoka, disse que a empresa pretende lan�ar um plano para cortar, em mar�o, 150 bilh�es de yens (US$ 1,9 bilh�es) em custos anuais at� 2015.
Alem�es de olho na Gr�cia
O Minist�rio das Finan�as da Alemanha reiterou ontem que o governo precisa esperar pelo relat�rio dos inspetores da Uni�o Europeia, do Banco Central Europeu (BCE) e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) antes de decidir se a Gr�cia pode ou n�o receber a pr�xima parcela do programa de ajuda financeira. A declara��o se segue a informes que circularam na imprensa alem�, de que a Gr�cia receber� a pr�xima parcela do programa de ajuda este m�s, apesar de n�o ter cumprido todas as exig�ncias em termos de reformas econ�micas e medidas de austeridade.