A melhora no resultado da produ��o de bens de capital, que subiu em agosto pelo terceiro m�s consecutivo, acompanha uma recupera��o gradual no humor dos empres�rios, segundo Andr� Macedo, gerente da Coordena��o de Ind�stria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). A produ��o de bens de capital subiu 0,3% em agosto ante o m�s anterior, depois de ter aumentado em julho (1,1%) e em junho (1,1%).
"Bens de capital tiveram o terceiro m�s de resultado positivo, o que levou a um crescimento acumulado de 2,5% em tr�s meses. O resultado caminha pela pr�pria perspectiva de melhora que a gente vem percebendo nas sondagens empresariais. A expectativa do empres�rio vem melhorando aos poucos, n�o s� em rela��o ao momento presente como tamb�m para a perspectiva futura do setor industrial", disse Macedo.
Na compara��o com agosto de 2011, no entanto, houve queda de 13 0% na produ��o de bens de capital em agosto. Segundo Macedo, a magnitude da perda se explica por uma base de compara��o acentuada. Em agosto de 2011, neste mesmo tipo de compara��o, a produ��o de bens de capital tinha subido 8,6%.
No bimestre julho-agosto, a fabrica��o de bens de capital recuou 11,2%, queda ligeiramente menos intensa do que a verificada no segundo trimestre (-11,8%) e no primeiro trimestre do ano (-13 3%). O destaque positivo foram os bens de capital para a agricultura (0,5%) no bimestre, embora tenha mostrado forte desacelera��o. Os bens de capital para constru��o (-28,5%) e para transporte (-11,9%) ainda apontaram queda de dois d�gitos. "Nessa queda est� inserida produ��o de caminh�es", citou o gerente do IBGE.
No entanto, o recuo que mais preocupa � o de bens de capital para a ind�stria (-6,9%). "Os bens de capital para o setor industrial ainda t�m manuten��o da queda verificada no segundo trimestre (-5,3%). � o dado mais preocupante porque � a parte mais relacionada aos investimentos, que poderia dar mais qualidade ao resultado de bens de capital. Ent�o o resultado de bens de capital acaba n�o sendo t�o positivo, apesar de ter registrado taxas menos negativas", avaliou Macedo.